Luanda - Já há 776 milhões de pessoas infectadas no mundo! O ciclo de contágio aumenta exponencialmente e tudo para ao sinal do primeiro alarme.

Fonte: Club-k.net

Ninguém estava à espera que o coronavírus evoluísse para o estatuto de pandemia. Os números e especialistas na matéria não previam o que está agora a acontecer em todo o mundo, onde a cada instante somos surpreendidos pelos casos mortais. Há países que se isolaram proibindo aglomerações de pessoas nos cafés, restaurantes, estádios de futebol, de concertos e só as igrejas aceitam quem vá pedir a Deus que a pandemia passe, o mais depressa possível. De resto todos os cuidados são poucos, para evitar o pior. E o melhor é mesmo seguir as regras, antes que aconteça o pior. Prevenir nestes casos, é mesmo o melhor remédio!

Os números são arrasadores e pouco para o pânico invadir os nossos corações.


Entre nós correm avisos na televisão e nas rádios pela voz ponderada da senhora ministra, Sílvia Lutucuta. Mas só isso não resolve o problema. Temos que aproveitar o momento para colocar os nossos hospitais, centros de quarentena e postos de emergência médica a funcionar mais e melhor, para que a moléstia não nos entre pela casa adentro e cause mais estragos.


Falando nisso como estão os nossos hospitais? Estarão preparados para o pior cenário? Estarão os canais de emergência e a sociedade civil preparados para enfrentar a pandemia? As nossas ambulâncias estarão em prontidão combativa?


Se houver respostas positivas poderemos estar sossegados. Mas como o camarão não pode dormir para não ser levado pela onda, ou melhor pela pandemia, o correcto e prático é irmos para além do que se recomendam os anúncios institucionais, com os nossos responsáveis a recomendar cuidados primários de saúde. O melhor é montarmos sistemas de plantão nos hospitais, clínicas, postos sanitários e fronteiriços e outros locais públicos, accionar os métodos de socorrismo, às vítimas da pandemia e isolar os focos de contaminação.


O lixo é o inimigo número um da higiene. Haverá planos para a sua recolha permanente nestes dias de quarentena? E a água potável estará disponível para as zonas mais carenciadas? Os bombeiros e os proprietários particulares terão luz verde para usar as suas cisternas para levarem a água aos lares mais carenciados? Os nossos técnicos de saúde estarão sensibilizados para o serviço voluntário aos mais necessitados?


Na crise da seca na província do Cunene, a sociedade civil, empresas, organizações religiosas, etc., desencadearam livremente a maior campanha de solidariedade, alguma vez realizada no país e o alívio ao sofrimento representou um acto de solidariedade civil. Com o coronavírus não pode ser diferente, no que toca à mobilização de esforços, para contermos a pandemia, dando um pouco de nós mesmos a uma causa que é nacional.

Os nossos hospitais estão carentes de quase tudo. Para além das máscaras e outro material gastável (cirúrgico e não só) faça ofertas para que os doentes internados possam beneficiar de outros apoios, que não estão disponíveis nos hospitais. Por exemplo: água mineral, bens alimentares, medicamentos, etc. A saúde agradece!

ANDRÉ PINTO