Cuanza-Norte - O Tribunal da Comarca de Cazengo, em Ndalatando, condenou, na sexta-feira, a oito anos e seis meses de prisão maior a ex-directora geral do Instituto Médio Agrário de Camuaxi do Cuanza-Norte, Luciana Celestino Malundo Garcia, pelos crimes de peculato associação criminosa e tráfico de influência.

Fonte: JA
Luciana Malundo Garcia terá ainda de pagar 200 mil kwanzas de taxa de justiça. Para além da directora-geral, foram, igualmente, condenados o subdirector administrativo, Amaro Francisco Bulica Jimi, na pena única de nove anos e seis meses de prisão maior, assim como o pagamento de 200 mil kwanzas de taxa de justiça.

Amaro Francisco Bulica Jimi também foi condenado pelos crimes de peculato, associação criminosa, falsidade informática, corrupção activa e tráfico de influência.

Já o subdirector pedagógico, Francisco Independente da Silva Vicente, foi condenado na pena de três anos e seis meses de prisão maior e no pagamento de 200 mil kwanzas de taxa de justiça. Ocorreu nos crimes de peculato e tráfico de influência.

O chefe de contabilidade e responsável pelo processamento de salários. Nilton Mateus António, foi sentenciado a três anos e seis meses de prisão maior e no pagamento de 200 mil kwanzas.

O tribunal condenou, igualmente, pelos mesmos crimes, o coordenador-geral da instituição, Adolfo Dala Catute, na pena de três anos de prisão maior e ao pagamento de 200 mil kwanzas.

O professor Francisco Chiaquizembe também foi arrolado no processo e sentenciado a pena de dois anos de prisão maior e no pagamento de 200 mil kwanzas.

De acordo com a juíza da causa, Celestina de Soto Mayor, ficam as penas suspensas dos co-réus Armando Dala Catuti e Francisco Chiaquizembe por um período de dois anos. Porém devem os mesmos, no prazo de 30 dias.

Os condenados neste processo inseriram familiares e pessoas próximas nas folhas de salário do Instituto Médio Agrário do Cuanza-Norte, com a autorização da directora Luciana Malundo e dos seus adjuntos.

Os familiares, segundo o tribunal, auferiam salários equivalentes a 240 mil kwanzas sem nunca terem prestado qualquer actividade na instituição e muito menos terem participado de um concurso público.

De acordo com o juiz, os familiares dos condenados chegaram mesmo a ser nomeados para cargos de chefia, tendo lesado o Estado angolano na quantia de 26.163.000 kwanzas.