Luanda - Vivemos um momento particular em que a humanidade é submetida a um dos mais dramáticos e inusitados estados de excepcionalidade, semelhante em muito aos eventos da Segunda Guerra Mundial. Poucas vezes um acontecimento ganhou uma escala tão colossal no âmbito das nações.

Fonte: JA

A pandemia do COVID-19 desafia a todos e é um dos inimigos invisíveis neste período em que as palavras “Quarentena” e “Estado de Emergência” devem ser incorporadas como amor à própria vida e à vida do próximo.


Sensível ao contexto internacional e à necessidade de dar respostas ao complexo emaranhado de variantes que constituem a difícil missão de prevenir, cuidar, proteger e atender pessoas, empresas e estruturas diversas, o Governo angolano tem sido rápido e corajoso na tomada de medidas que sejam capazes de evitar o colapso do país. Estamos todos de acordo que em momento algum a actual governação esteve insensível à essa realidade vigente.


Em meio às dinâmicas e contradições sociais e as fricções políticas dos diferentes campos de actuação ideológica e da natural existência da eterna disputa política entre situação versus oposição, a liderança do Presidente João Lourenço tem sido capaz de dialogar abertamente com todos os segmentos da nossa sociedade, sempre com o objectivo maior de encontrar caminhos que levem o cidadão à consciência de que somos todos potenciais soldados e vítimas na guerra contra a COVID-19.


Porquanto, somente a partir da cooperação dos principais actores instalados no terreno, será possível encontrar soluções concretas capazes de minorar os prejuízos causados pela pandemia do Coronavírus à vida da população. O Presidente João Lourenço, no seu papel de garante da estabilidade e do bem-estar dos angolanos, está a agir no estrito interesse nacional. O povo angolano sempre estará em primeiro lugar.


Por isso, devemos perceber como de necessidade imperiosa o respeito pelos esforços do Executivo face ao delicado momento imposto pela crise mundial vigente. Desde a corajosa acção do Banco Nacional de Angola (BNA), do regime que impede os bancos comerciais de penalizarem clientes que incorram em mora durante o Estado de Emergência, culminando com um conjunto de medidas que cortam recursos na própria estrutura do Executivo, de modo a utilizar cada cêntimo na superação dos obstáculos resultantes da crise.


O Executivo angolano reduziu de 28 para 21 o número de ministérios, para além de suspender a aquisição de novas viaturas a serem atribuídas aos gestores públicos, no exercício das suas funções, para as diferentes categorias de responsabilidade. Estas, entre diversas outras medidas, são parte dos esforços envidados no sentido de minimizar os custos e dar o exemplo aos cidadãos de que somente com o envolvimento de todos será possível vencermos esta guerra.


A guerra mundial contra a pandemia da COVID-19 tem sido caracterizada pela iniciativa isolada dos países. Cada país, dentro das suas capacidades, busca cumprir diante do seu próprio povo o seu papel de protector. Alguns com mais sucesso do que outros, mas todos estão a impor medidas restritivas e de protecção capazes de evitar as piores consequências. Por isso, mais do que nunca, a colaboração e envolvimento pessoal de cada um e de todos é vital à manutenção de um quadro estável de prevenção e contenção da propagação da doença.


Há, no entanto, outro elemento invisível e que é tão ou mais danoso quanto o Coronavírus: a propagação de notícias falsas, boatos, rumores e desinformação. Sabotar as medidas de combate ao COVID-19 é um acto suicida e irresponsável, pois para além de prejudicar a eficiência do planeamento feito para mobilizar cada recurso na busca das respostas adequadas à superação da Pandemia e salvar vidas, gera o pânico e intranquilidade que em nada contribui para a construção da consciência colectiva em torno dos objectivos maiores.


É preciso que todos angolanos incorporem novos hábitos, atitudes e costumes. Esse esforço coaduna-se com as directivas avançadas pelo Governo, em consonância com os organismos de cooperação multilateral, nomeadamente, a OMS que declarou a infecção causada pelo vírus COVID -19 como pandemia mundial, elevando a situação para calamidade pública mundial e outros parceiros de Angola, todos assentes no entendimento da gravidade da situação. Como é sabido, o país tem investido os recursos possíveis e necessários para que seja possível garantir uma rede de protecção nacional. Marcharemos irmanados num só propósito: prevenir e conter a propagação desse vírus que ameaça o nosso povo e a nossa Nação. Isso inclui a extinção do inimigo invisível conhecido como Fake News.

 

* Director Nacional de Comunicação Institucional.
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