Luanda - A Sonangol denunciou, nesta quinta-feira, 02 de Abril, a existência de revendedores de gás de cozinha que estão a reter grande quantidade de botijas, para alimentar a especulação de preços. Nos últimos dias, Luanda assiste a uma acentuada procura do produto junto dos revendedores, que praticam alta de preços por alegada escassez.

Fonte: Angop
Nesta quinta-feira, em algumas zonas da capital a botija de 12 kg chegou a ser vendida a quatro mil kwanzas, contra os mil e 500 habituais.

O director de comunicação e imagem da petrolífera nacional, Dionisio Rocha, repudiou essa prática e disse haver gás de cozinha suficiente para alimentar o mercado nacional. Conforme a fonte, a empresa aumentou a sua capacidade de oferta na ordem de 35 por cento, quantidade considerada "acima do habitual".

Neste momento, disse, a Sonangol está a distribuir entre 130 a 140 mil botijas/dia, para corresponder à demanda. De acordo com a Sonangol, em Luanda, Benguela, Huíla e em outras regiões do País neste momento o cenário de distribuição de gás já é bem mais animador.

Diante da especulação de preços, a Sonangol está a trabalhar com os órgãos competentes do Estado, para punir todos os prevaricadores. Essa acção permitiu a detenção de cinco agentes revenderores, em Luanda, já entregues às autoridades judiciais.

"Estamos mais atentos com esta situação", declarou Dionísio Rocha, sustendo que continuam a trabalhar com os revendedores e órgãos de segurança para estabilizar o mercado. Aconselhou os consumidores a procuraram outros locais de venda, sempre que se depararem com enchentes num ponto.

Informou, por outro lado, que foram postas carinhas em circulação, em algumas artérias da cidade, para facilitar a comercialização de gás. “Não há necessidade da compra de gás a grosso, ou seja, quatro a cinco botijas, porque o processo de produção vai continuar sem problema nenhum”, tranquilizou.