Luanda - Se fóssemos mesmo rigorosos, o ministro do Interior Eugénio Laborinho já não seria ministro nesta altura, uma vez que a Defesa e Segurança do país, onde o ministro do Interior está incluído, chumbou no teste da Covid-19, permitindo que entrasse no país o coronavírus, que já matou dois angolanos.

Fonte: Club-k.net

Pensamos que vá matar mais angolanos, embora não seja este o nosso desejo.


Eugénio Laborinho foi infeliz na conferência de imprensa desta sexta-feira, 3, ao trazer um discurso musculado e intimidatório aos cidadãos angolanos que estiverem a circular na rua, em vez de reconhecer os excessos da Polícia Nacional, algo que até foi bem feito recentemente pelo porta-voz do Ministério do Interior, Waldemar José, mostrando, com o que disse hoje, que o titular da pasta do Interior não tem sensibilidade suficiente para saber lidar com o momento de pressão em que vivemos.


É claramente um mau sinal para nós no que pode ser o desfecho da operação Covid-19.


Se Eugénio Laborinho fosse humilde e com honestidade intelectual, até podia pedir desculpas aos angolanos pelo que aconteceu no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, reconhecendo que parte do que vivemos hoje é fruto do mau trabalho da Polícia Nacional, que não foi capaz de controlar o cordão de segurança do coronavírus, exigindo que o Presidente da República João Lourenço precisasse de tapar o furo da incompetência com a implementação do Estado de Emergência.


Portanto, Eugénio Laborinho está reprovado por nós no exercício de hoje e pensamos até que não está a seguir a estratégia de comunicação implementada pelo ministro da Comunicação Social Nuno Caldas, que mostra, claramente, humildade e inclusão dos angolanos, no exercício do cargo, em vez de discursos musculados, que não abonam nada a fase difícil em que todos nos encontramos.

Carlos Alberto 
03.04.2020