Luanda - O 4 DE Abril de 2002 nunca teria lugar no Ocidente depois da morte de Jonas Savimbi, líder errático e ambíguo no seu projecto falhado de Mwangai de 1966. A sua morte foi depois de vários atropelos de Acordos patrocinados pela Troica e a ONU desde 1991 ( Bicesse), Lusaka (1994) depois da hecatombe eleitoral de 29 e 30 de Setembro de 1992. É preciso lembrar que a UNITA apoiada até 1992 pelo Ocidente, perdeu este apoio depois da sua fraude em não apresentar ao aquartelamento os soldado que dúzia ter, inflacionados para uma estratégia de subversão, gourada com a derrota eleitoral. Ficou demonstrado que não tinha tanto apoio do povo que temia a violência e a vingança.

Fonte: Club-k.net

Importa lembrar que a UNITA ficou sancionada e banida internacionalmente com a Resolução 864/93 do Conselho de Segurança da ONU, ficando isolada e proibida as viagens de seus dirigentes, patrimônio congelado e proibida qualquer relação econômica com o beligerante ou rebelde em apuro. Nesta deriva das Cidades Huambo, Andulo, Uige obrigada a retornar para as matas, perdidos na sua estratégia, a partir de 1998-2002, com o reequipamento do Exército FAA resultante dos Acordos de Bicesse, consequência imediata da pacificação regional com os Acordos de Nova Iorque, Independência da Namíbia, fim do Apartheid na África do Sul como estratégia da liderança Angolana com a cooperação Cubana. Removido os obstáculos externos do apoio sul-africano e Ocidental aos rebeldes, devia caminhar-se para reconciliação nacional e competição democrática como segunda fase do Programa maior do MPLA.


Por isso, o Memorando do Lwena é mesmo um Protocolo em consequência de estar associado ao Acordo de Lusaka que a UNITA de Savimbi nunca respeitou. Com a morte dele, como seriam integrados seus dirigentes e seguidores, se tinham cometido crimes militares, crimes contra humanidade e estavam isolados ou sancionados internacionalmente? Claro que não se deve negociar com quem foi capturado ou derrubado. O Dr Sapinala esqueceu dizer que a guarda e as forças da UNITA estavam derrotadas militarmente pelo facto das imagens de morte de Savimbi e do General Gato e Kamorteiro serem a imagem de indigência. Só um humanista preocupado com a reconciliação dos Angolanos então PR e Comandante-Em-Chefe Engenheiro JES podia fazer. Conseguiu, com todos riscos de um dia ser um acto que teria como resposta a ingratidão como mostra este texto infra e todas tentativas de confundir-se os angolanos.

 

O fim da guerra em 2002, foi o caminho aberto para melhor governação, democracia, reconstrução e para se projectar o desenvolvimento e o combate da corrupção.


O MPLA e sua liderança sempre pensou estrategicamente. Se a UNITA e a sua História mostram ingratidão, traição permanente onde passaram e por um prato de pirão com tchipoke perdem o norte isto é do conhecimento geral. Nem do Apartheid que vos apoiou reconhecem ou agradecem e até se dizem democratas quando quem apoiou o ANC de Mandela e a SWAPO de Sanujoma foi o MPLA, hoje se dizem democratas. Todos sabemos que a UNITA nunca teve vocação humanitária ou democrática pelo facto de Savimbi ter exercido o poder sem moderação humilhando seus seguidores com mortes, adultério, separação de casais para alimentar caprichos, abuso sexual, raptos, roubo de camponeses, destruição de patrimônio, Minas nos caminhos de ferro, pontes, estradas e postes de iluminação. Por isso, a paz foi uma arquitectura e empenho pessoal dos dirigentes do MPLA que, com boa vontade e patriotismo integraram os provenientes das matas. Isto nunca seria possível nos EUA ou Ocidente, muito menos em África. Só uma liderança estratégica e comprometida com a paz o fez. Por Lei dos Partidos Políticos e Legislação sobre crimes militares teria de haver julgamento para depois se pensar numa amnistia ou indulto para excluir de exercer funções políticas ou públicas. Mas não aconteceu, amnistiou-se pensando numa Angola de paz e reconciliação que sirva de exemplo.


Por isso, devemos todos ter noção dos pilares da paz, é o respeito por quem foi eleito. Neste caso o MPLA e JL que a oposição devia exercer a influência positiva para nunca mais se repetirem os erros do passado. Este texto responde às provocações do Secretário da UNITA no Cuando Cubango, por achar sem lógica e uma gabarolice que manifesta ou complexo de inferioridade ou menoridade sem sentido. Sem lógica argumentativa. Então, assinar um Protocolo como do Lwena é uma Vitória da UNITA que tinha perdido o rato do líder e no Mato sem orientação?...


A guerra é dolorosa e quem tem noção dos seus custos evita vangloria. Viva a paz e reconciliação nacional. Pouco interessa quem venceu, mas Angola está em paz e devemos caminhar Unidos na diferença para a causa maior de Segurança e bem-estar de todos Angolanos e nunca mais trair por egos feridos...


JP