Luanda - Desde que a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou o novo coronavírus como uma pandemia, o papel dos órgãos da comunicação social como veículos de transmissão de informação revelou-se claramente imprescindível.

Fonte: JA

Profissionais e empresas são parte de uma luta que diz respeito a todos nós. O profissionalismo e a dedicação dos quadros de todo o sistema de comunicação social estão a contribuir para a redução da transmissão da doença Covid-19, e resgata o jornalismo responsável, rigoroso e objectivo como fonte de notícia para a sociedade.


Em tempos de novas tecnologias de informação e comunicação, o cida-dão comum também é um sujeito activo de produção de notícias e capaz de disseminar conteúdos através da partilha de informações relevantes e verdadeiras na prevenção e na contenção da propagação da Covid-19. Sobretudo porque há muitas notícias falsas, especialmente nas redes sociais, que vão na contramão do que recomendam os organismos de saúde.


A título de exemplo, o Director-Geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, afirmou recentemente que “a tecnologia digital dá-nos uma oportunidade sem precedentes para que informações vitais sobre saúde se tornem virais e se espalhem mais rapidamente que a pandemia, ajudando-nos a salvar vidas e a proteger os vulneráveis”.


Isto remete-nos para a necessária reflexão sobre o nosso papel como cidadãos, pois, se há profissionais da comunicação social e fontes de informação que estão a cumprir rigorosamente os princípios éticos e deontológicos do exercício da actividade jornalística, nós angolanos devemos valorizá-los, especialmente através da partilha exclusiva da verdade. Somente assim estaremos a salvar vidas, inclusive a própria vida. Afinal nessa luta ninguém se salva sozinho. Estamos todos no mesmo barco.


Por esse motivo, é importante olhar para as novas tecnologias de comuni-cação como algo inseparável da comunicação social moderna. Aqui devemos destacar também a velocidade de disseminação de notícias nas redes sociais, pois se esta vantagem for usada para o bem-estar individual e colectivo, estaremos a fazer da propagação de conteúdos verdadeiros uma arma contra a pandemia do novo coronavírus, a Covid-19.


Devemos fazer do sacrifício do isolamento social uma oportunidade de darmos o nosso contributo nesta guerra contra um inimigo invisível. Como nos alertou o Presidente da República de Angola, João Lourenço: “Aos cidadãos em geral, o nosso apelo vai no sentido de se manterem calmos, seguirem as recomendações do Ministério da Saúde e ignorarem quaisquer notícias ou instruções de autores anónimos”.


Para que os usuários das redes sociais possam ser, de facto, informados com responsabilidade, devemos compreender que nos momentos de crise como este, todos nós somos agentes e receptores da informação. Assim, devemos fazer das redes sociais um caminho para manter a proximidade com amigos e familiares, mas também usar esta afinidade para manifestar a nossa empatia e solidariedade através de informações de fontes fidedignas.


É sempre oportuno valorizar o apelo do Presidente da República, João Lourenço, aos angolanos: “Só a autodisciplina individual e colectiva nos salvará, para podermos voltar à nossa vida normal e desfrutar dos benefí-cios da paz e da reconciliação nacional”. É o individual em prol do colectivo. Como sabemos, os comportamentos de risco devem ser evitados pelos cidadãos, pois estamos todos sob a mesma ameaça. Isto inclui o risco que a propagação de fake news representa.


Estamos a viver um momento em que a expansão da pandemia de coro-navírus impõe à sociedade a ressignificação dos comportamentos, modo de vida e a perceber a comunicação social com a importância e utilidade que sempre deveria ser vista. A nós, nas redes sociais ou através de outras maneiras de comunicar, cabe o papel de agir responsavelmente e, assim, podermos evitar a disseminação de notícias falsas, rumores, boatos e desinformação que são factores prejudiciais à colectividade.

* Director Nacional de Comunicação Institucional.