Luanda - O líder da CASA-CE, oposição em Angola, considerou hoje "acertada" a decisão do Presidente angolano, João Lourenço, de reduzir o número de ministérios angolanos de 28 para 21, tendo em conta as dificuldades financeiras do país.

Fonte: Lusa

"Dadas as condições ecónomicas e financeiras que o país atravessa, o Presidente resolveu, de uma maneira que consideramos acertada, diminuir o número de pastas ministeriais", destacou o presidente da CASA-CE, André Mendes Carvalho 'Miau'.


A Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral é uma coligação eleitoral fundada por Abel Chivukuvu em 2012, que foi afastado no ano passado, tendo criado entretanto um novo projeto (Partido do Renascimento Angolano - Juntos por Angola).

André 'Miau' considerou "natural" a recondução de alguns ministros que transitam do anterior para o novo executivo, enquanto outros "teriam de ser eliminados" pois alguns departamentos foram extintos ou absorvidos por outros ministérios.

"Ele [João Lourenço] assim pensou, nós devemos respeitar. Se ele achou que assim está bem devemos entender que estará bem na medida em que são os seus auxiliares e a responsabilidade recai na pessoa do próprio Presidente da República", disse.

"No fundo, estamos a falar de governo, mas não temos um governo, são apenas auxiliares do titular do poder executivo", sublinhou.

Por isso, não vai "medir o desempenho dos seus auxiliares: nós entendemos que devemos medir o desempenho do titular do poder executivo porque o governo constitucionalmente não existe".

Para já, o balanço do desempenho de João Lourenço, que vai a meio do mandato é "suficiente", apontando uma nota "de 10/12 numa escala de zero a 20", comentou.

O líder da CASA-CE afirmou que a promoção de Adão de Almeida, que sai da pasta da Administração do Território e Reforma do Estado para ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República "é um passo importante", tratando-se de "um jovem que se vem revelando promissor", embora seja "um quadro que age muito com a veia partidária".

Elogiou também "a forma positiva" como Manuel Augusto, que sai do Ministério das Relações Exteriores, desempenhou o cargo, considerando Tete António, seu sucessor, como "um quadro bastante experiente" com "muitas potencialidades".

O Presidente de Angola divulgou na segunda-feira a lista dos novos membros do executivo, que encolheu de 28 para 21 ministérios, destacando-se a saída de Manuel Augusto, das Relações Exteriores, substituído pelo seu secretário de Estado Tete António.

Da longa lista de exonerações divulgada pela Casa Civil de João Lourenço constam 17 ministros e 24 secretários de Estado, bem como o secretário do Presidente da República para os Assuntos Políticos, Constitucionais e Parlamentares e o diretor do Gabinete de Ação Psicológica e Informação da Casa de Segurança do Presidente da República.

Mas entre estes, muitos assumirão as mesmas funções no novo executivo, enquanto outros terão novas pastas e outros ascendem no poder governamental.

Os novos membros do executivo angolano devem tomar posse na quarta-feira.