Bruxelas - O Manifesto do MPLA é visto como um resumo, sob comando do pensamento "marxista" que qualifica-se de comunista e que procura apenas diferenciar-se do socialismo da época. Para esta obra, o partido comunista (MPLA), quer mostrar que o socialismo torna mais respeitável e mais proxímo do mutualismo.


Fonte: MPDA


O MPLA quer um revival mais contestatório e que seja utópico, cujo o princípio é de deixar claro ao mundo, o que é o projecto Comunista, como foi destacado no texto, um projecto combatido pela classe dominante em toda Europa. De facto, o Manifesto Comunista não é uma obra anunciadora  do comunismo, mas a afirmação de um movimento já existente.


O texto do líder do MPLA, começa por exprimir a importância da luta de classes, que opõe opressores e oprimidos. Esta sociedade da burguesia moderna, consiste apenas em substituir novas classes, novas condições de opressão e novas formas de luta em relação as anteriores estratégias maqueavélicas. Isto é específico neste sentido, que esta se resume num antigonismo simplificado, burguesia contra proletários.



O projecto do MPLA, consiste a observar a formação de uma nova elite, motivada pelas novas oportunidades de criar nova burguesia capaz de invadir o globo. Este deve aninhar-se em todo território, explorar em toda parte, estabelecer relações por toda parte, assim como o reforço de comités em toda parte do mundo. 



A existência do capitalismo é um progresso em relação ao período precedente, mas deverá vigorar-se quando o proletariado irá pôr fim ao reinado da burguesia. Todos géneros destes Movimentos, foram até agora realizados por uma minoria ao benefício da minoridade. E difícelmente proporcionar um projecto comum em benefício da maioria.


Também a existência e a dominação da classe burguesa têm como objectivo essencial a acumulação de riquezas pelas mãos de certos indivíduos, a formação e o aumento virtiginoso de capital. Quanto a condição de existência de capital, é consirada como o salário do percurso da elite, estimando de tal forma que a Pátria é uma propriedade privada, onde a elite torna a única alternativa.     



Isto é, o texto afirma que os comunistas não formam um partido distinto oposto aos outros partidos operários ou tantos outros. Isto explica-se de seguinte forma: Os conceptos téoricos dos comunistas, não são baseados sob os idéais, princípios inventados ou descorbertos para tal ou tal reformador do bloco. Eles são apenas uma expressão geral de condições reais de uma luta de classes existentes, de um movimento histórico que se opera sob as nossas vistas.



Neste texto, José Eduardo dos Santos, enderessa-se directamente aos burgueses do seu partido a refutar cada um as suas objeções possíveis contra a democracia, devido as propriedades vulneráveis concedidas, sobre as suas liberdades e as suas famílias. Neste âmbito, a mudança do regime passa para uma ruptura com idéologia burguesa e para a união internacional dos proletários.



A sociedade comunista é  caracterizada de seguinte maneira: Em vez da velha sociedade burguesa com as classes e antagonismos de classes, surge uma associação dos malfeitores onde o livre desenvolvimento de cada um é a condição para o livre desenvolvimento de todos. 



Pois então, surge o pensamento daquilo que somos, é aquilo que queremos. O poder pessoal e a barbaria que são dois rostos na mesma medalha como nada tivesse acontecido. Neste capítulo indentificamos as perpectivas imediátas para os comunistas na Europa antes da revolução de 1848. Os comunistas lutam pelos interesses e objectivos imediátos da classe operária, mas no movimento actual eles defendem e representam ao mesmo tempo o futuro do movimento e trabalhem pela a união e a aproximação possível com os partidos democráticos de todos países. Portanto este texto está em protidão apelo a união mundial dos proletários.



Em relação o que se passa no nosso país, isto é uma pura ditadura proletariada, quanto a sua téoria, transforma-se em neocolonialismo e mais perto do colonialismo e do imperialismo. Isto é, esses três termos nada se diferam de um a outro apesar de terem uma pequena transformação mas etimologicamente, são familiarizados.



A política levada acabo pelos criminosos angolanos afectos ao MPLA, é ditatorial,  imperialista mas com práticas neocolonialistas. Porque é imperialista?



Porque o termo imperialismo a maioria das vezes é o sinónimo da hegemonia, utiliza-se também nos domínios mais restritos como uma dominação total, política, económica, militar, cultural, technológica e intelectual. E também é uma política de expansão, de dominação de um Estado sobre outros Estados, assim por exemplo: a presença de tropas angolanas nos dois Congos, os Estados em certos Estados europeus ou países em via de desenvolvimento como, ( a Vietnam, a ingerência ou intromissão na América Latina, o Império Ottoman, o império de Napoleão 1°,  traduz-se também em imperialismo.



Obviamente o comportamente tão repugnante de José Eduardo dos Santos, traduz-se essencialmente em neocolonialismo, quando a sua etimologia latim, “neo” que significa novo, e do colonialismo. O termo neocolonialismo ou neo-colonialismo refere-se apartir dos 1960, as diversas tentativas de uma ex-potência colonial para manter através da porta traseira ou esconder a sua dominação económica ou cultural sobre as suas ex-colónias após as suas independências.



O neocolonialismo é baseado principalmente sobre as políticas comerciais, económicas e financeiras que de facto, permitem um controle do país do terceiro-mundo, tendo uma semelhança com o colonialismo tradicional. As antigas potências colonizadoras tentam por esses meios de manter a sua presença nas antigas colónias, especialmente naquilo que diz respeito o acesso às matérias-primas. 



Este termo por extensão, é  usado também para descrever as políticas das instituições financeiras internacionais como o Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e o G8, que pela sua escolha à não concessão de empréstimos e ajuda económica, forçando de tal forma os países pobres, medidas estruturais que agravam a pobreza, bem como promover os interesses financeiros dos países ricos e as multinacionais. Cuja a empréstimo, após alguns anos cresce e dá benefícios horríveis que podem comprometer até a nação em geral.



País como Angola, não conta com a sua própria potência económica, porque é hipotecada por fins pessoais e o país é sustentado por empréstimos com garantia ou sem garantia. Nem só mas o mais grave é que Angola, empresta afim de prestar os seus parceiros familiarizados como San-Tomé, Cabo-verde, Guiné-Bissau etc... Esta é uma forma de desviar os bens públicos para paraísos fiscais e recolher-os alguns anos após, sem o devido controle das autoridades financeiras nem fiscais. No fundo, a matéria-prima da nação é hipotecada a todo preço, alimentando a pobreza e a miséria no nosso país.



Afirmo que o neocolonialismo é uma máquina de pensar e é dotado de razão e que a sua superioridade foi a sua capacidade para enfrentar a nossa maior faculdade e a nossa inteligência. Aí reside a sua força, a sua vertude e a sua maior engenhosidade.



Angola é um dos países onde Portugal e os seus lacaios locais assassinaram vários representantes nacionalistas e ajudou o MPLA para permanecer no poder cometendo os assassinatos de massas por todo território angolano. No quadro do nosso Movimento, exigimos que os arquivos militares e dos serviços secretos portugueses durante este período sejam abertos, para que a verdade seja conhecida sobre o que realmente aconteceu. A nova relação entre Angola-Portugal, não irá basear-se na negação da memória às vítimas que somos.



Logicamente Angola com os seus 14 milhões de habitantes, não precisa da ajuda exterior e muito pouco dos colonialistas e tecnícos estrangeiros, porque Angola tem a capacidade de sustentar e assumir a sua responsabilidade diante das suas populações com uma distribuição equitativa dos seus bens e a formação de quadros nacionais. Mas isto precisa um arquitecto dinâmico, honesto e progressista, capaz de retomar o diálogo sobre o processo de reconciliação nacional, paz, estabilidade e harmonia entre os irmãos.


O  regresso dos coloniastas portugueses em Angola é uma situação tão alarmante e inquietante que nunca. Acho que não podemos ter uma relação serena entre Angola e Portugal, se a pesada contenciosa histórica que nos opõe à Portugal não esteja desvaziada. É necessário que Portugal assume plenamente os seus crimes coloniais e neocoloniais.



Gostaria ao mesmo tempo pôr fim o sonho desses reis que não querem desta África, porque eles já não podem reinar como Deus sobre o seu povo, porque eles não podem mais ter o controle da totalidade dos recursos do povo, porque eles não podem permanecer mais no poder para sempre. Não importam os perigos ou os sacrifícios de um homem ou de um povo quando o assunto é o destino da humanidade.


Por isso, Angola precisa de homens políticos progressistas e uma força de convicções  ideológicas. Estamos cansados com as perseguições arbitrárias, tortura, prisão, estupros, asfixia, afogamento e asílo no seio das populações angolanas. Cada um de nós tem que desempenhar-se e desenvolver relações sólidas entre os políticos e as associações.



A nossa questão já não é de saber o tipo do sistema levado a cabo pelos criminosos dirigidos pelo grande corrupto José Eduardo dos Santos mas devemos se interrogar simplesmente como fazermos e quanto tempo poderá levar? Porque cada um de nós é tesmunho da situação.


Angola está emergida num balde de pólvara capaz de explodir-se a todo momento.  Engajamó-nos neste combate social e construtiva até lá onde é possível. Organizamos movimentos patrióticos de massas ou organizações democráticas  e patrióticas para a conquista de um Estado livre e soberano.

Não havia em todo caso a esperar de José Eduardo dos Santos que saí do congresso, não esqueçam da escola leninista e da direita a mais reacionária. O sistema já tinha traçado o caminho a seguir, que consiste em partido único e em único candidato. Que vergonha à mais de 34 anos no poder autocrático (MPLA), apenas com o VI congresso consecutivo e José Eduardo dos Santos o único árbitro, juíz e rei ao mesmo tempo! Só Lucas Ngonda e Quintinho, podem esperar as mudanças no MPLA até a morte de José Eduardo dos Santos.

Nada é mais poderoso do que uma ideia cujo o tempo chegou. Estamos certamente neste tempo onde devemos tomar o nosso destino no comando, para escrever a nossa própria história, defender os nossos próprios interesses, sem complexo e com a devida determinação que conduzirá os grandes destinos. 

Na qualidade do militante Panafricano, digo que José Eduardo dos Santos manteu e alimentou aquilo que eu chamo o neocolonialismo, continuando o sistema de predação, de pilhagem sistemática e de escravização de Angola que existia desde Agostinho Neto até Eduardo dos Santos. Após 31 ou 32 anos na cidade alta, José Eduardo dos Santos vai prestar contas a quem enviou na terra dos diábos. Mas que será Angola de tantas dívidas?  Quem será o beneficiário dos paraísos fiscais em Portugal, Suiça ou Luxemburgo? Vista de Angola, que conclusão podemos tirar da sua presidência?

Nos anos 80 foi José  Eduardo dos Santos que dizia o mais importante, é resolver os problemas do povo ou o MPLA é o povo e o povo é o MPLA. É este paradigma da partida que fundou a relação de José Eduardo dos Santos em Angola durante 30 anos do seu reinado. Na verdade José Eduardo dos Santos, nunca esteve ao lado das populações sofridores em luta para a liberdade e a democracia que sempre tem recusodo lhe ter sido imposta pelo ocidente, mas sempre apoiou déspotas políticos, económicos, militares e outros ditadores sanguinários que se agarram ao poder ilegítimo em alguns países de África negra pela violência e pelas eleições fraudulentas como a República Democrática do Congo, República do Congo Brazzaville, Guiné Bissau, San-Tomé e Cabo verde.

Mas a maior perda de José  Eduardo dos Santos continua a ser o seu partido (MPLA), onde tenta derrubar militarmente, sem efeito, os políticos convictos e progressistas, que

combateram e que sacrificaram as suas vidas para que hoje José Eduardo dos Santos possa mostrar as costas largas. José Eduardo dos Santos muito forte em discursologia mas os actos jamais seguirão.

Para terminar vou dizer-vos, para além do exposto, é que os angolanos devem desenvolver registência dura nas raízes para forçar a retirada definitiva de José Eduardo dos Santos e derrubar o MPLA, para uma nova visão em Angola em particular e em África em geral.

O rumo a mudança do sistema. 

Massunguna da Silva Pedro

Presidente do MPDA