Joanesburgo - O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, anunciou nesta terça-feira (21) um “enorme plano de apoio” econômico e social no valor de 500 bilhões de rands (26,5 bilhões de dólares) para socorrer as empresas e as pessoas mais vulneráveis à pandemia do novo coronavírus.

Fonte: istoedinheiro.com.br/

“Esperamos esta noite um enorme plano de apoio econômico e ajuda social de 500 bilhões de rands, o que representa aproximadamente 10%” do Produto Interno Bruto do país, declarou Ramaphosa em discurso televisionado.

 

“O impacto do coronavírus necessita de um orçamento extraordinário”, afirmou.

 

“A amplitude deste programa de emergência é histórico”, acrescentou o presidente da maior potência industrial do continente africano.

 

Do montante destinado ao plano, 130 bilhões de rands são do orçamento atual, para o qual foram revistas prioridades, informou o mandatário.

 

Os 370 bilhões de rands restantes virão de “parceiros e instituições financeiras internacionais”.


Um total de 50 bilhões de rands serão destinados às classes mais vulneráveis, que verão aumentados os subsídios sociais durante seis meses.

 

Este dinheiro está destinado, assegurou Ramaphosa, aos “milhões de sul-africanos na economia informal” e aos desempregados, “que lutam para sobreviver” em meio a uma “pobreza e insegurança alimentar que se agravaram de forma espetacular nas últimas semanas”, disse.

 

O governo também proporá 200 bilhões de rands em garantias de empréstimos às empresas para cobrir “seus custos operacionais”. Com isto, pretende-se socorrer “mais de 700.000 empresas e mais de 3 milhões de trabalhadores”, informou o presidente sul-africano.

 

A África do Sul entrou em recessão no fim de 2019, antes do início da pandemia. É o país mais afetado pela COVID-19 na África, com 3.465 casos confirmados e 58 mortos.