Luanda - Sou angolano cidadão angolano, estudante de Direito, residente em Luanda.  Pelo direito que a constituição confere os cidadãos, quero como angolano exprimir meu parecer sobre algumas polêmicas que temos visto acontecer na praça nacional sobre tudo na política. Temos visto em pleno debate público e em redes sócias como Facebook e WhatsApp várias acusações sobre determinadas personalidades e que as mesmas (as acusadas) tem sido obrigadas para que provassem o contrário das acusações feitas sobre elas.

Fonte: Club-k.net

Ora vejamos: Afinal quem deve provar as acusações que tem sido alegadas contra os acusados? São mesmo os acusados ou os acusadores?

 

Em sede desta matéria, começaria por dizer que em epistemologia, o ônus da prova é a obrigação de um indivíduo, em uma disputa epistêmica, de fornecer garantias suficientes para sustentar a sua posição.

 

Ao debater sobre qualquer assunto, existe o ônus implícito da necessidade de uma prova que cabe à pessoa que está fazendo uma afirmação.

 

A inversão do ônus da prova é uma falácia lógica que corre quando um indivíduo tenta passar para outro o ônus que existe em sua afirmação.

 

Falácia não é mais se não um raciocínio errado com aparência de verdadeiro.

 

Na retórica uma falácia é um argumento logicamente incoerente, sem fundamento, inválido ou falho na tentativa de provar o que se alega.

 

Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer conviventes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam de ser falsos.

 

Reconhecer as falácias é por vezes difícil, os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, íntima, psicológica, mas não validade lógica.

 

Assim sendo, nas várias acusações que se tem verificados na praça da política interna, compete ao senhor Carlos Alberto e Noberto Garcia, o Ônus da prova.

 

Devem ser estes a trazerem a ribalta as provas das acusações que eles alegam contra os seus adversários, caso contrário estariam a incorrer no crime de difamação na luz do artigo 407° do Código Penal vigente no país.