Luanda - O ser humano pode até ser cruel mas a nossa crueldade não nos pode levar a níveis sobejados de pouco reconhecimento e mal agradecimento. A isto podemos chamar de “feitiço de gente fina” a que o vulgo chama de inveja.

Fonte: Club-k.net

Se memória não me atraiçoa, foi a coisa de meses antes da entrada, em território nacional, do “filho de satanás” a que chamamos de coronavírus, que andávamos a chamuscar os feitos menos bons da actual Ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, onde inclusivamente por inúmeras vezes foi pedido ao Executivo liderado pelo presidente da República João Lourenço, que a exonerasse. Ainda bem que as lamúrias com alguns quilos de razão da população não foram ouvidos.


O mesmo Executivo liderado pelo presidente João Lourenço tem sido implacável quando a questão é exonerar mas desta vez manteve um “kuassa” e deixou mesmo que a Ministra Lutucuta assumisse “a sarna” que é governar um povo de veras nunca satisfeito com quase nada, não por culpa própria mas por hábitos perpetuados por uma dezena de governantes que ao invés de prestarem seus reais papéis, têm mostrado que nasceram só para chatear os outros. E a boa razão da não exoneração da mesma, hoje, está a ser vista com glórias.


É bom salientar que o papel de um governante é governar e, se for em consonância com a voz do povo, melhor ainda. Devem estar cientes que quem sente na pele alguns despautérios da má governação que vão cometendo no decorrer dos seus mandatos, é o povo. Assim sendo quando fazem mal critica-se. Criticar não é faltar com o respeito. E quando fazem o bem, é bom também salientar e louvar o mesmo. Se isto for parte da sindrome de estocolmo a que fui imposto, pronto só já.


O 1o de Maio é o dia mundial do trabalhador. Não sei se é também o dia de aniversário da Ministra mas ao ser poderia ser considerado a cereja no topo do bolo. Desde que se registou a entrada do primeiro caso do coronavírus no país que não se vê uma equipe, liderada pela Ministra da Saúde e o seu secretário de Estado, a trabalhar de cima a baixo informando com empenho a beirar os 90% para tentar controlar e evitar a propagação do coronavírus e causar males maiores em todo o país. Aos médicos de todo o mundo e do nosso país em particular, deve ser entregue a medalha de honra deste 1o de Maio. Incansáveis, corajosos, destemidos, muitos deles fizeram dos hospitais seus lares para ajudar a socorrer vidas que mesmo assim muitas delas, pela força do Covid-19 se esvaíram e muitas ainda que se vão esvaíndo por toda parte no mundo que nem fumaça no ar.


Neste 1o de Maio celebremos o dia do trabalhador dando um forte apreço e consideração a todos os profissionais que estão envolvidos directa ou indirectamente na luta contra o Covid-19. Eles são os nossos heróis.