Lunda-norte - Muito antes de tomar as rédeas do País, o então canditado do Mpla as eleições Gerais de 2017, anunciou durante a campanha eleitoral, ao País e ao mundo ao o que ai vinha, caso fosse eleito. Dito e feito, no seu discurso de tomada de posse, O Presidente João Lourenço fez do combate a corrupção, nepotismo, a bajulação, a normalização e o reforço do funcionamento das instituições o seu cavalo de batalha.

Fonte: Club-k.net

Estando a meio do mandato, que não tem sido fácil, quer queiramos ou não, O Presidente da República tem sido coerente com as suas palavras. Foi assim, com a abertura que se observa nos órgãos de comunicação social públicos e privados ( extensão da Radio Ecclesia a todo País), maior liberdade de expressão e de manifestação, combate a corrupção e o anúncio da realização das eleições autárquicas em 2020, só para citar estes exemplos.


A institucionalização da autarquicas é uma obrigação constitucional, pois estão consagradas na Constituição da República de Angola, no seu artigo 217º. As Autarquias são bem benvidas podem contribuir para o desenvolvimento dos municípios e no combate as assimetrias regionais.


A materialização deste desiderato constitucional e a realização de eleições autárquicas que muitos reclamam e vêm como uma forma de chegar ao poder, querem a sua realização de qualquer jeito em 2020, sem analisar a realidade social e económica do País é uma irresponsabilidade política sem precedentes. A Assembleia Nacional está a fazer o seu trabalho, aprovando as leis que vão permitir o funcionamento deste poder local, mais é importante termos em conta que não se fazem eleições só com a aprovação da Legislação.


Angola não é uma ilha. A conjuntura politica, social e económica internacional, os acontecimentos que ocorrem no mundo influenciam os países, temos que ter a hombridade de reconhecer que não nos encontramos numa situação normal. É nossa obrigação analisarmos os fenómenos que nos rodeiam.


Os especialistas em assuntos econômicos provém uma economia angolana de rastos, agravado pela descida galopante do preço do petróleo, o que obrigou o Executivo a rever o Orçamento Geral do Estado para 2020. Como uma desgraça nunca vem só, como dizem os mais velhos, a doença que estamos com ela a COVID-19, está a fazer os seus estragos. Os assuntos de Estado devem ser tratados com responsabilidade que é devida, não podemos fingir e assobiar de lado, como se estivéssemos numa situação normal.


A convocação das eleições gerais e autárquicas é da competência do Presidente da República, enquanto Chefe de Estado, de acordo o artigo 119º alinha (a) da Constituição da República de Angola (CRA). Alias foi acto de prudência, responsabilidade e maturidade politica que o Presidente da República demostrou ao não ter convocado a realização das eleições locais para 2020, por que não é possível a sua materialização nas condições actuais.


Temos condições para realizarmos eleições autárquicas em 2020? Não. Vamos sim aprovar a legislação toda para a sua implementação, criar bases solidas para a recuperação econômica e podemos realizar as eleições autárquicas no mesmo ano das eleições gerais em 2022.

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