Luanda - Ouve-se dizer que a doença do coronavírus (covid) de 2019 não tem cura, ao ponto de a Organização Mundial da Saúde aconselhar a utilização do termo “recuperados” para quantos conseguem superar a doença.

Fonte: Club-k.net

Do mesmo modo, há quem menospreze medicamentos que se revelam eficazes no reforço do sistema imunitário, atribuindo-lhes adjectivos desagradáveis e pejorativos, para os desaconselhar.
 
O coronavírus que foi descoberto em Dezembro de 2019 causou até ontem, segundo dados divulgados pela Televisão Pública de Angola (TPA), 262 mil mortes em todo o mundo, dentre cerca de 3,8 milhões de casos de infecção detectados.
 
O que se ouve na comunicação social é que se trata de um vírus, cuja doença (que se designa por covid) não tem cura e, por isso, se pode revelar mortal.
Mas não há unanimidade a esse respeito, uma vez que há quem questione tal afirmação.
 
Quanto à Organização Mundial da Saúde, recomenda que não se refira a cura, mas o facto de haver doentes que “recuperam”.


Uma terminologia que muita gente contesta, por não estar de acordo com a realidade dos factos. E, por outro lado, por haver nestes casos a suspeita de a OMS andar permanentemente a reboque da indústria farmacêutica, cujos interesses procura salvaguardar.
 
Apenas para constar, refiro o significado da palavra cura, a partir do “Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea”, da Academia das Ciências de Lisboa (edição de 2001, pág. 1046):


CURA – Acção ou resultado de curar ou de curar-se. Restabelecimento de saúde; fim de uma doença ou ferimento. Modo de tratar uma doença, com vista ao seu fim.
 
O que dizem os números?
 
Vejamos o que nos dizem os dados oficiais relativos a todo o mundo, divulgados pela TPA:
• 3.791.850 pessoas infectadas (com ou sem sintomas da doença)
• 1.277.572 pessoas “recuperadas” (33,7% do total de infectados)
• 262.376 pessoas mortas (6,9% do total de infectados)

No que respeita a Angola, os dados divulgados apontam para:

• 36 pessoas infectadas
• 11 pessoas “recuperadas” (30,6%)
• 2 pessoas mortas (5,6%)

 
De um modo geral, há mais pessoas “recuperadas” do que mortas: 34% de “recuperação”, contra 7% de perdas humanas.


No caso de Angola, os dados disponíveis dão conta de um percentual de 31% de “recuperados” e 6% de perdas humanas. As perdas, neste caso, dizem respeito a duas pessoas cuja infecção por covid foi detectada post mortem.
 
Há ou não há cura para a doença deste coronavírus?
 
A prudência aconselha que não se fale em cura para a doença do coronavírus (covid) de 2019 – é o que se diz.


Prudência em relação a quê, não se percebe.
 
Os dados disponíveis dão conta de haver maior número de “recuperações” do que de mortes.
O que são essas recuperações, se não casos de cura?
Acho que são casos de cura.


Do mesmo modo que alguém está doente (com paludismo, por exemplo) e fica curado, com este ou aquele medicamento, mais ou menos convencional.


O que não significa que não possa voltar a ter a mesma doença, mais tarde.
 
Pois agora perguntamos: se essas pessoas não estão curadas, então voltam ao convívio dos demais porquê?


Deviam manter-se em baixa hospitalar por tempo indeterminado.


Porque não estando curadas, vão certamente infectar outras pessoas.

Mas não é isso que acontece. Voltam ao convívio dos seus, exactamente por estarem curadas e, por isso, não colocarem mais ninguém em risco. Salvo se, por alguma razão, voltarem a apanhar a doença. Disso ninguém está livre.
 
Mas atenção, que ninguém está aqui a insinuar que está inventada a cura para este mais recente coronavírus.


Pode haver cura apenas para uma ou outra variante do vírus, ou então pode haver mutações ainda sem cura (fala-se na existência de 150 mutações do vírus).


A verdade, porém, é que há pessoas curadas em todos os países, sem excepção.
 
Mas então qual é a maior prova de cura, do que o paciente receber alta hospitalar e poder regressar a casa, por ter deixado de correr o risco de contaminar os demais?
Por outro lado, pode apresentar-se a seguinte dúvida: se aos que conseguem a cura se diz que apenas “recuperaram”, será que às perdas se deverá dizer que “desrecuperaram”?
 
Chás milagrosos ou medicamentos?
 
Nas redes sociais, temos recebido informação a respeito de chás que são usados para reforçar o sistema imunitário e, por isso, se pensa poderem limitar (ou mesmo impedir) a acção do coronavírus de 2019.


Diz-se pejorativamente que não se trata de medicamentos.

 

Ou que, “até prova em contrário”, não curam a doença do coronavírus.


Já a Cloroquina, por ser químico produzido e vendido pela indústria farmacêutica, pode curar?
 
Esquecendo os interesses da indústria farmacêutica, vou apenas perguntar de onde provêm a Cloroquina e a maioria dos demais medicamentos “reconhecidos”?


Olhemos para o caso da malária. Há notícia de mortes por malária, muito antes da invenção da Cloroquina ou (antes ainda) da Paludrine. Mas há muitos mais casos de cura, exactamente com ervas, chás e unções.


Então, antes de os ocidentais chegarem ao território que hoje é Angola, as pessoas não se curavam de malária?


E de onde provém a cura das doenças (malária incluída), se não das plantas e ervas medicinais?
 
Já agora, refiro um caso mais recente (de uma pessoa amiga), relacionado com a doença que mais mata em Angola: o paludismo.

Ele tinha paludismo 2 a 4 vezes por ano. Até que, já lá vão 15 anos, se libertou dessa doença. O ponto de viragem ocorreu em 2005, a partir do momento em que começou a tomar um chá, com efeitos de cura e de prevenção mais que reconhecidos. Toma-o até hoje e vai-se mantendo sem o maldito paludismo, tal como tenho podido comprovar.


Como ele, centenas ou mesmo milhares de outros angolanos não têm paludismo pela mesma razão. E outros há que curam essa doença com o tal chá.


Vai alguém, agora, atrever-se a dizer (do alto da sua sabedoria) que esse chá não tem qualquer efeito curativo ou preventivo, apenas porque não foi (ainda) testado no Ocidente?
 
Também temos casos de pessoas que superam cancros (supostamente incuráveis), com tratamentos designados por não convencionais.


E há pessoas que curam a sida, desde os seus primórdios (década de 1980).
Mas há quem insista em dizer-nos que essas pessoas não estão curadas.
Os testes passam a dar negativo, durante anos e anos; e também deixam de contaminar outras pessoas. Mas não estão curadas?
 
E a terminar: por que esperam os nossos centros de investigação científica, que não cuidam da recolha e estudo da composição de várias ervas e do seu efeito para a prevenção e cura de enfermidades?


Da mesma forma como se fizeram estudos com a xandala (aloé Vera), é preciso que os Estados africanos invistam realmente em investigação científica, de modo a generalizar-se a utilização do conhecimento que se vem acumulando há décadas e séculos, em relação aos medicamentos que provêm directamente da natureza e são utilizados como tal há séculos.

Paulo de Carvalho
7/5/2020
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