Luanda - As autoridades angolanas estão fingindo, escondidas por detrás dos Decretos e dos brifing's da Sinistra da Saúde (é mesmo assim, Sinistra da Saúde) pois, na pratica, não estão a fazer absolutamente nada.

Fonte: Club-k.net

Melhor é ficar em casa

Um dos exemplos é a circulação massiva em Luanda, onde já temos a contaminação comunitária.

Quando vemos cidades vazias (sem circulação) nos outros países, não é que àquelas autoridades limitaram a Decretar e a aconselhar os seus concidadãos, apenas. Elas agiram e agem, colocando polícias e militares nas ruas para impedir a circulação e não para fazer favores como acontece em Angola, especialmente em Luanda.

Os nossos polícias só agem em conluio com a propaganda da TPA para fazer crer que estão a trabalhar quando, efectivamente, nada fazem. São autênticos preguiçosos, habituados a andar atrás dos veículos afim de obter a famosa gasosa.

É bem patente que a nossa polícia actua mais e melhor com o pagamento das taxas de circulação e seguro obrigatório de automóvel do que com o isolamento social para prevenir a morte dos angolanos. Aliás, é mesmo para entender. Quanto mais pessoas na rua melhor para eles facturarem.

Como é possível que, estando o país em momento de excepção, com as liberdades dos cidadãos suspensas, a circulação das pessoas e veículos seja igual como a de um período normal?

Se o problema é a intransigência dos cidadãos, que papel se reserva as autoridades policiais, militares e de segurança para um estado de emergência onde está em causa a vida das pessoas e o avultado gasto de dinheiro público que deveria servir para alavancar a já paupérrima economia nacional?

Por outra, se o efectivo policial é irrisório para cobrir toda a cidade de Luanda, porque manter/guardar os militares nos quartéis a coçarem as bilhas, deixando vulnerável a população?

Depois vem a senhora Sinistra da saúde tentando lamentar para que fiquemos em casa devido do perigo da contaminação comunitária?!

As orientações decretadas são claras: havendo desobediência às autoridades devem agir energicamente. É para isso que são chamadas a redobrar os esforços em momentos de excepção. Porque culpar os cidadãos?

Isso é uma brincadeira de mau gosto, senhora Sinistra da saúde, senhores da Comissão ao covid-19 e, especialmente, brincadeira do senhor presidente da república que assiste, ocioso, suas ordens decretadas a serem incumpridas por àqueles que têm o dever de zelo obrigatório para com o país.

Depois de o governo revelar a falta de responsabilidade ao permitir que, passageiros vindos de países afectados circulem livremente, disseminando a doença entre nós, é razão bastante para se confirmar que este país não tem uma autoridade a altura das encomendas, pelo que se impõe a alteração da Constituição, objectivando "a criação de um estado e governo novos" capaz de fazer valer a lei, a ordem, a segurança e a salvaguarda das nossas populações e seus haveres.

Ensina a tradição tchokwe (cokwe) que "nyi nguali mutango katuile mungua nyi ua mutchali tche mapua", traduzido em português, "se a primeira refeição não foi saborosa, também a segunda não será".

Isso significa que sem uma nova Constituição e sem um governo alternativo, continuaremos a ver essa irresponsabilidade, essas indecisões, esses incumprimentos da lei, o desamor à pátria e aos cidadãos e, como não bastasse, a contínua pilhagem da economia.