Lisboa  – É para ele que se olha quando se quer  falar que Jonas Savimbi apostava nos quadros mais novos do seu partido. O Velho guerrilheiro fe-lo no General mais novo do seu exercito. Com menos de 20 anos fe-lo chefe dos serviços de inteligência militar.

 

Fonte: Club-k.net

Perigrino Isidro Wambu Chindondo conhecido nas lides militar por  “General Wambu”,  é natural do  Huambo. No ano após a independência, era um  estudante do 7 ano  do liceu Norton que teve de abandonar  a cidade rumo as matas. Optou pela carreira militar. A guerra tirou lhe prematuramente dois irmãos, Aníbal e Waldemar Pires Chindondo, mas mesmo assim  nada o impediu de  por em jogo  a sua própria vida pela causa que acreditava tendo saido  gravemente ferido na batalha de Mavinga, em 1979, onde participava  como oficial de informação tactico operacional.

 

Dois anos depois, voltou a estar em Mavinga, mas desta vez como delegado do V Congresso da UNITA em que é elevado a membro do extinto Comite Central e em simultâneo, membro do  comando operacional estratégico com a patente de tenente coronel.

 

O General Wambu fez parte dos primeiros  técnicos de inteligência da  UNITA  enviados, em Maio de 1985,  para Munique, Alemanha para superação.  O curso   cobria aspectos tradicionais  como o recrutamento,  treino de agentes, a colecta, processamento, análise e disseminação da informação através de uso de novos métodos e novas tecnologias correspondente à época.

 

Perigrino Wambu é referencia em instituições internacionais. Na década de 80, fez  uma apresentação no centro de estudos  de segurança dos Estados Unidos. Momentos depois,  peritos do pentagano  pediram a Savimbi que o mesmo ficasse já pelas americas. É referenciado como tendo sido um dos melhores alunos de uma academia militar nos Marrocos. A mesma admiração é sentida,   por pesquisadores  do Instituto de Estudos e Segurança da África do Sul. 

 

Participou em delegações “presidências”. Esteve na delegação de Jonas Savimbi  aos Estados Unidos em Setembro de 1990. Um anos antes, em Julho, quando  se deu  a cimeira africana sobre a paz em Angola em Gbdelite, o mesmo fez parte da delegação de negociadores chefiada por Jorge Valentim. Fazia parte da mesma, Elias Salupeto, Geraldo Nunda, Smart Chata, Eugénio Ngolo, Jaka Jamba e José Pedro.

 

A confiança depositada por Jonas Savimbi, denotava solida. Nesta altura da-se ao “titismo”. Participou em reuniões de “alto nível” tendo sido mandatado a abordar a juventude que questionava sobre o que se estava a passar em relação ao dirigente Tito Chingunji. O General “Wambu” tinha nesta altura o estatuto político de  “conselheiro da juventude”. 

 

Nas chefias militar integrou ao comando superior das FALA que era uma espécie de Bureau Político dos militares, ao qual  integravam  apenas  quatro generais oficias de peso (Gen. Arlindo Chenda Pena “Ben Ben” - C.E.M.G, Gen. Altino Bango Sapalalo “Bock” - Chefe da Estratégia Militar,  Gen. Andrade Chassungo Santos - Vice C.E.M.G, Gen. Peregrino Isidro Chindondo “Wambu” - Chefe dos SIM)

 

Quando se da os acordos de Bicesse, é enviado a Luanda. Integrou  as FAA mas na seqüencia dos resultados das eleições de 1992, integrou um grupo de 11 oficias das FALA nas FAA que aos 5 de Outubro de 1992 subscreveu uma declaração exigindo ao regime do MPLA três condições para que se “evitasse o pior”. Deu-se os confrontos militares em Luanda e acabou por ser hostilizado pelo Governo angolano. De seguida, foi  feito  membro da equipa negocial e responsável pelos pessoal sobrevivente dos confrontos armados na capital do país. O seu interlocutor era o General “Ndalu” e o então vice Ministro, Piedade dos dos Santos “Nando”.

 

Após os entendimentos, regressa as FAA e é nomeado conselheiro do chefe de estado maior . Solicitou mais tarde dispensa para ir estudar direito na  Universidade de Coimbra. Em Novembro de 2000 foi nomeado comandante do Instituto superior do ensino militar.