Luanda - O técnico Oliveira Gonçalves afirmou, neste domingo, em Luanda, ter desistido de concorrer à presidência da Federação Angolana de Futebol (quadriénio 2020/24), porque a modalidade carece de maior atenção por parte do Ministério da Juventude e Desportos.

Fonte: Angop

O responsável pelas duas presenças de Angola em campeonatos do mundo, em 2002, na Argentina (Sub-20) e 2006, na Alemanha (honras), disse que teme ser apenas mais um presidente da instituição, porque não sente a sensibilidade do país para com o projecto futebol.

 

O campeão africano de Sub-20 (Etiópia'2001) acha que o ministério de tutela deve arregimentar recursos, além da cabimentação anual, para que a modalidade tenha, por exemplo, boas condições de preparação e participação nas provas qualificativas para os africanos e mundiais.

 

Defende, por isso, que seja atribuída ao órgão reitor o estatuto de utilidade pública, de modo a ter um orçamento próprio para a efectivação de programas de desenvolvimento.

 

Em entrevista à Rádio -5, Oliveira Gonçalves disse que tem um projecto de construção de um centro de treinamento e estágio, além de outras acções com intuito de colocar Angola no topo do futebol africano e garantir presenças consecutivas em Campeonatos do Mundo.

 

Para ele, tal desiderato passa, também, pela formação nos clubes e criação de condições para que os jovens atletas sejam integrados em equipas da Europa e se constituam em mais-valia para as selecções nacionais, por via da experiência acumulada e da cultura táctica.

 

Lembrou que Angola obteve resultados em campeonatos africanos e boa participação no mundial da Alemanha com a contribuição de jogadores que evoluíam na Europa, como João Ricardo, Figueiredo, Caly, André Makanga, Mantorras, Akwá, Mendonça, Gilberto e Flávio.

Além do presidente cessante, Artur Almeida e Silva, já manifestou a intenção de concorrer nas eleições de Junho próximo, o antigo futebolista e proprietário de uma escola académica e desportiva, Norberto de Castro.

Nando Jordão e António Gomes “Tony Estraga”, ambos antigos praticantes, são igualmente dados como certos na corrida, mas nenhum ainda se manifestou publicamente.


Antiga "estrela" a favor da recondução do presidente da FAF


O antigo internacional angolano Joaquim Dinis "Brinca N'areia" defendeu hoje, em Luanda, a manutenção de Artur Almeida e Silva na presidência de direcção da Federação de Futebol (FAF), para que possa concretizar os programas de desenvolvimento da modalidade no país.


Em antevisão ao processo eleitoral do quadriénio2020/24, que conta com dois candidatos confirmados, afirmou que os actuais problemas do futebol residem na escassez de apoios por parte das estruturas do Estado e não do trabalho dos dirigentes federativos, que enfrentam enormes dificuldades financeiras.

“Tanto o actual como os outros candidatos são homens do futebol. A questão fundamental está na falta de sensibilidade por parte das instituições governamentais, ao fenómeno desportivo no geral. Há falta de apoios financeiros para que se possa materializar os projectos e programas de desenvolvimento, como a grande aposta nos escalões de formação”, referiu.

A antiga “estrela” sustentou a sua preferência no facto do actual elenco ter trabalhado para que a selecção nacional de sub-17 tivesse uma participação digna no Mundial do Brasil, em 2019, bem como a presença em Angola do presidente da FIFA, Gianni Infantino, que prometeu apoios ao país.

Além do presidente cessante, Artur Almeida e Silva, já manifestou a intenção de concorrer nas eleições de Junho próximo o antigo futebolista e proprietário de uma escola académica e desportiva, Norberto de Castro.

Nando Jordão e António Gomes “Tony Estraga”, ambos antigos praticantes, são igualmente apontados como potenciais candidatos, mas ainda não se manifestaram publicamente.

Quanto a anulação do Campeonato Nacional de futebol da primeira divisão (Girabola2019/20), proposta pelos clubes, em função da pandemia do Coronavírus, Joaquim Dinis considera ser uma medida certa, a julgar pela salvaguarda do bem vida.

Interrompida em Março, quando faltavam cinco jornadas para o final, a prova era liderada pelo Petro de Luanda (54 pontos), seguido do 1º de Agosto (51pts) e menos um jogo.

A fonte defende, por outro lado, a reintegração da equipa do 1º de Maio de Benguela, no Girabola2020/21, após desqualificação por duas faltas de comparência, caso o clube apresente as condições financeiras necessárias para participação na prova.

Joaquim Diniz regressou a Angola em 1976, depois de se notabilizar no Sporting de Portugal e na selecção daquele país, passando também pelos Palancas Negras, e terminou a carreira ao serviço do 1º de Agosto, clube com o qual conquistou um título nacional como atleta e outro como treinador.