Benguela - Três estabelecimentos comerciais foram encerrados na segunda-feira, 11 de Maio, na cidade de Benguela, por uma equipa multissectorial composta pelo INADEC, inspecções da Saúde e do Comércio devido a falta de condições de higiene e de segurança no trabalho.

Fonte: Angop
Trata-se de uma padaria com capacidade para produzir cerca de oito mil pães/dia, uma fábrica de óleo de soja com capacidade de produzir 220 caixas/dia, embora actualmente produza apenas 55 da marca “Viujo”, e uma fábrica de fuba de milho com capacidade para produzir quatro mil quilos/dia, da marca “Ye”.

A padaria, localizada no centro da cidade de Benguela, é uma sociedade entre mauritanianos e angolanos e funciona desde Novembro de 2019, com 10 trabalhadores, todos de nacionalidade angolana.

Já as fábricas de óleo alimentar e de fuba de milho são propriedade de cidadãos chineses, que não avançaram mais dados sobre as unidades fabris.

Em declarações à imprensa, o chefe do Serviço Provincial do INADEC em Benguela, Manuel Furtado, disse que a acção resultou de denúncias públicas nas redes sociais. “Uma cliente encontrou um parafuso metálico e excremento (fezes) de rato no pão comprado naquela unidade fabril”, disse.

Manuel Furtado avançou que a equipa procedeu a fiscalização e inspecção do local onde constatou serem deploráveis as condições de higiene e de segurança no trabalho, constituindo um atentado à saúde pública.

O responsável afirmou que, no acto da fiscalização e inspecção constatou-se na massa de pão produzida um pequeno pedaço de bloco de cimento e a mesma (massa) estava a ser introduzida ao forno em tabuleiros sujos e com ferrugem.

Adiantou que a suspensão é temporária e após cumprir alguns pressupostos legais e técnicos, o estabelecimento poderá ser retomar a sua actividade. A mesma situação relativa as fábricas encerradas, agravada com a falta de condições de segurança para os trabalhadores. 

O INADEC promete continuar a fiscalizar a acção destes estabelecimentos e não só. Manuel Furtado referiu se trata de medida que visa salvaguardar a vida dos cidadãos.

Por seu lado, o chefe de departamento provincial de Inspecção da Saúde, António Aurélio, salientou que será aplicada uma multa às empresas, pelo facto de os locais não reunirem condições de higiene propícias. António Aurélio afirmou que foram registadas irregularidades e transgressões da lei sanitária, devendo, portanto, serem aplicadas as medidas de acordo com a lei em vigor.