Luanda - Eu já critiquei duramente o MPLA de José Eduardo dos Santos, já critiquei duramente o próprio Presidente José Eduardo dos Santos, já critiquei duramente o MPLA de João Lourenço e já critiquei duramente o actual Presidente da República João Lourenço. Nunca recebi, entretanto, mensagens de ameaças de morte, nem nunca andaram atrás de mim para me fazer mal (integridade física).
Fonte: Club-k.net
"Uma UNITA que atira à fogueira todos os adversários"
Nunca sofri nenhum atentado. Sempre andei à vontade, nunca fui ameaçado por ninguém, fora comentários negativos e falsas notícias que diziam que eu era pago para falar mal do Presidente da República João Lourenço.
Em relação ao processo disciplinar (ilegal), que os Conselheiros da ERCA (do MPLA e CASA-CE) inventaram contra mim em 2019, que foi enviado para a Assembleia Nacional com proposta para a minha expulsão da ERCA, o próprio MPLA (maioria na Assembleia Nacional) votou contra a proposta do Conselho Directivo da ERCA, por ter visto não haver argumentos jurídicos convincentes para a expulsão de Carlos Alberto da ERCA.
O MPLA, na Assembleia Nacional, defendeu-me, mesmo eu estando a criticar duramente o MPLA de João Lourenço e o próprio Presidente da República João Lourenço, na altura.
É claro que eu recebia, na altura, palmas da UNITA.
O que é certo mesmo é que eu não estou na ERCA hoje graças à UNITA. A UNITA não tem maioria no Parlamento.
Eu estou na ERCA até hoje graças ao bom senso da maioria dos deputados (do MPLA), que defendeu a VERDADE.
Hoje as coisas inventaram-se.
Eu critico duramente a UNITA e o seu presidente Adalberto Costa Junior, o mesmo que eu fazia com o MPLA e com João Lourenço, e já recebo ameaças de morte, o próprio presidente da UNITA mandou os Conselheiros da ERCA promover mais um processo disciplinar contra mim para a perda do meu mandato e nas redes sociais sou chamado de tudo e mais alguma coisa, situação que não vi na altura em que eu criticava duramente o Presidente do MPLA e da República João Lourenço.
Meus compatriotas, eu votei na UNITA em 2017 por ter acreditado que, se a UNITA fosse Governo, iríamos ter um país em que qualquer cidadão pudesse estar no Executivo sem ser militante de nenhum partido.
Eu sempre defendi a INCLUSÃO DE TODOS OS ANGOLANOS.
Acreditei no programa (falso) da UNITA baseado no Governo Inclusivo e Participativo (GIP).
Entrei para a ERCA como apartidário e sempre pensei que a UNITA fosse mais democrática e pluralista que o MPLA, mesmo com vários discursos negativos à volta da figura de Jonas Savimbi.
Sempre pensei que a UNITA fosse um partido mais inclusivo e mais tolerante que o MPLA.
Meus compatriotas, hoje, estando na ERCA, aprendi a ver uma UNITA intolerante contra quem critica e apresenta crimes do seu presidente Adalberto Costa Júnior.
Posso estar prestes a ser expulso da ERCA, mais uma vez, mas desta vez a mando do presidente da UNITA Adalberto Costa Júnior, que conta com o apoio do MPLA, da UNITA e da CASA-CE representados na ERCA e com ajuda de outros Conselheiros que se tornaram inimigos de Carlos Alberto por terem perdido o monopólio da "opinião nas redes sociais".
Eu denunciei à TV Zimbo que o presidente da UNITA Adalberto Costa Júnior orientou o seu grupo parlamentar a votar a favor da minha expulsão da ERCA, quando o assunto for discutido na Assembleia Nacional.
Meus compatriotas, eu aprendi a ver que a UNITA é um partido intolerante contra todos aqueles que apontam os seus defeitos.
A UNITA é um partido que "mata" todos aqueles que têm opinião contrária.
Quem quiser votar em políticos desonestos e intolerantes, em 2022, que não aceitam a crítica e opiniões contrárias, sob pena de seus autores serem mandados à fogueira, é livre.
Só não digam que ninguém vos alertou sobre que UNITA podemos ter se for Governo em 2022.
O que vos estou a contar aqui não é história da minha cabeça. É A VERDADE.
Eu devo dizer A VERDADE para salvar a pátria de malfeitores.
Nada acontece por acaso.
Nós é que somos distraídos.
Carlos Alberto (on facebook)
13.05.2020