Luanda - Um grupo de funcionários afecto à administração do município do Sumbe, capital da província do Cuanza Sul, queixa-se de estar há mais de seis meses sem receber salários, sem qualquer justificação por parte do administrador local, Adão da Silva Pereira, a quem estes trabalhadores acusam de “arrogante e ignorante” sempre que lhe é reivindicado alguns direitos, denunciaram as mesmas fontes ao portal Club-K Angola.

Fonte: Club-k.net
De acordo as denúncias, os eventuais funcionários registam atraso salarial desde o início do corrente ano (de Janeiro/2020 até a presente data), inclusivo do mês de Abril do ano de 2019, sem que, no entanto, quer o administrador municipal como a área financeira da referida administração pública justifiquem tal situação, que deixa dezenas de funcionários sem possibilidades de sustentarem suas famílias, “quanto mais neste período de Estado de Emergência que o país observa”.

“O Administrador que nos deram não é humano, aqui na Administração Municipal do Sumbe, capital do Cuanza-Sul. Já estamos a caminho de seis meses sem auferir os nossos remunerados (salário). Até agora estamos a passar dificuldades, temos famílias, não se acredita o sofrimento que atravessamos e ele não faz alguma coisa perante essa situação. Muitos de nós vivemos em casa de aluguer, temos muitas dívidas criada, temos muitos serviços por se pagar(...), clamam os funcionários daquele administração.

O Club-K sabe, por outro lado, que o governador da província do Cuanza Sul, de que Sumbe é o município sede, Job Pedro Castelo Capapinha, citado recentemente “por alguns órgãos de imprensa em Angola, está ser acusado de que estaria a fazer gastos, supostamente ilegais, na ordem de 11 milhões de Kwanzas por mês com pagamento no aluguer de duas viaturas para os seus dois vice-governadores provincial.

Na conversa mantida com as mesmas fontes, preferindo anonimato, alegam já terem apresentado inúmeras reclamações junto de departamentos afins, da administração do Sumbe, desde então, para reivindicarem os seus direitos, mas estes teriam recebido respostas negativas daquele superior hierárquico, que no entender dos visados “carregadas de arrogância, ignorância com ameaças de despedimentos”, sem possibilidades para diálogo.

“Por favor nós também merecemos paz e felicidade como eles têm, mas por causa dos caprichos deles nunca conseguimos realizar nossos objectivos. Mesmo passando dificuldade o senhor exige dever e obrigações aos trabalhadores, no que concerne trabalhar a tempo íntegro, se assim não cumprirem te ameaçam em te escorraçar do serviço. Ao cobrar o dever e obrigações também deve cumprir com os direitos do trabalhador que são seus salários, caso ao contrário não haverá motivação por parte do trabalhador”, lamentam desesperadamente.

A investigação Club-K Angola apurou que estes denunciantes –funcionários públicos- nesta situação a mais de seis meses sem salários na administração do Sumbe ocupam diferentes funções, desde a base a escalões mais altos. Conferiu-se igualmente as suspeições dos mesmos, segundo as quais, o administrador municipal do Sumbe, Adão da Silva Pereira, “estaria, supostamente, a usufruir de ordenados dos seus subordinados para fins de interesse pessoal no campo empresarial”.

A redacção de informação deste portal tentou a todo custo o contacto com o administrador Adão da Silva Pereira, para o direito de resposta, mas sem êxito até a publicação desta matéria.