Luanda – Os tribunais em Luanda estão desde o ano passado a julgar um caso em que um empresário angolano Rui Emídio Manuel acusa o seu antigo parceiro  libanês Ahmed Kushmar ( que com auxilio de um angolano, Miguel Francisco Ribeiro Mateus) ter falsificado no ano de 2017, a sua assinatura para apropriação de uma Fabrica de Plástico RIUSOL, SA situado na zona Económica Especial, em Viana, Luanda.

Fonte: Club-k.net

Os dois funcionários são concretamente implicados de se terem aproveitado da ausência do proprietário da fabrica, que se encontrava, durante sete dias, no exterior do Pais, produziram um documento com uma suposta assinatura falsificada daquele, e fizeram chegar uma carta a direção da Zona Económica Especial (ZEE) dizendo que passaram a titularidades do acordo com a RIUSOL para outra empresa denominada Maximus LDA pertencente ao co-arguido Miguel Mateus.


A referida documentação de passagem de titularidade é datada de 13 de Agosto de 2017. Contudo, Rui Emídio Manuel contesta alegando que a procuração é falsa uma vez que se encontrava fora do país. Para o esclarecimento desta parte do litigio, os advogados Evaristo Maneco & Associados que defende a acusação solicitou a 12 de Maio a intervenção do Serviço de Migração e Estrangeiro (SME) respeitante aos movimentos migratório do queixoso.


No dia 22 de Maio, o SME, na pessoa do seu diretor-geral João Antônio da Costa Dias respondeu que “diante dos factos, somos a informar que compulsado o nosso sistema informático, foi encontrado registrado de movimento migratório em nome do aludido cidadão, sendo que esta procedeu vários movimentos migratórios de entrada e saída do território nacional com destaque para o registro de saída realizado no dia 13/08/2017, com destino ao Rio de janeiro/Brasil, tendo regressado no dia 20 do mesmo mês, proveniente de São Paulo”.


Reagindo sobre o caso, o angolano Teodoro da Fonseca que tem acompanhado de perto o processo entende que “estes mesmos documentos que mostraram e bem como o co-arguido Miguel Francisco Ribeiro Mateus , planeou tudo ou seja foi o autor moral desta audaciosa burla a empresa Riusol e ao seu dono, aproveitando-se da proximidade que tinha com o co-arguido Ahmad Kushimar, que executou todo plano falsificando a assinatura do dono da Riusol por diversas vezes, e desviando todo dinheiro da conta da empresa no Banco Milênio Atlântico, curiosamente para as contas da empresa Maximos Lda, Anzolo pertencente ao co-arguido Miguel Francisco Ribeiro Mateus”.


No ponto de vista de Teodoro da Fonseca, “todos estes pontos, estão a servir para montar o quebra-cabeça e esclarecer toda a verdade, que durante todo esse tempo tivera sido escamoteada, pelos co-arguidos e os seus advogados, que não mediram esforços, em tentar ilibar os seus constituintes do processo crime, em que respondem como arguidos, nos crimes sobre os quais são indiciados de Falsificação de documentos e abuso de confiança, para que os mesmos fossem absolvidos, ou seja, para que o procurador se abstivesse de acusar apesar de estar claro e evidente que há crime, e consequentemente ordenar o arquivamento do processo e não só, fazendo a alteração das folhas do processo que mostravam de forma clara a confissão do arguido Ahmad Kushimar, de que falsificou a assinatura do dono da empresa Riusol por diversas vezes”.


O interlocutor faz acusações ao aparelho judicial angolano por considerar que “Apesar de todos estes crimes cometidos pelos co-arguidos Miguel Francisco Ribeiro Mateus e Ahmad Kushimar, o tráfico de influência continua a partir dos seus advogados em especial, o Dr João André Pedro, que conseguiu convencer alguns juízes e secretários do tribunal supremo como a título de exemplo, o senhor Garcia Sumbo secretário para a área judicial, o diretor do gabinete, a pressionarem a juíza da causa, para que a mesma decida o caso a favor da empresa Maximus Lda”.

 

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