Lisboa  – O empresário e membro do Conselho da República, José Carlos Manuel de Oliveira Cunha “Oca” é citado em círculos do regime do MPLA, em Luanda, como tendo se distanciado de rumores que o apresentam como a figura com perfil indicado para substituir Job Pedro Castelo Capapinha no cargo de governador provincial do Cuannza- Sul.

Fonte: Club-k.net

No seguimento de relatos de problemas intensos sobre a gestão do Cuanza Sul, circulou em meios da província dados que apontavam o nome de Carlos Cunha numa lista de três candidatos que estariam a ser supostamente escrutinados para render Capapinha. Os relatos, segundo soube  o Club-K,  ganharam legitimidade depois de   um proeminente advogado local, Nelson Custodio recorreu ao facebook, no passado dia 24 de Maio, para dar “Boas vindas a Carlos Cunha”, animando ainda mais o debate.

 

Natural de Calulu, Carlos Cunha, é um dos empresários com interesses nesta região do país. O argumento que tem partilhado com os seus familiares é de que desconhece e que nunca foi consultado sobre tais propostas suspeitando que o seu nome esteja a ser usado para alimentar correntes que se tem digladiado ao volta da província. Numa das ultimas entrevistas a TPA, deu a entender que prefere ficar na missão de coordenador do grupo técnico empresarial (GTE), que lhe foi confiada pelas autoridades.

 

Os problemas, agravados com acusações públicas sobre alegada gestão impropria no Cuanza Sul, levou com que a Procuradoria Geral no Cuanza Sul instaura-se recentemente um inquérito à gestão dos 75 milhões de Kwanzas cedidos pelo Governo central às autoridades locais para o programa de prevenção e combate à covid-19, conforme na passada quinta-feira, no Sumbe, o sub-procurador provincial, Joaquim Macedo da Fonseca.

 

Uma das empresas visadas nas investigações é a  “Kwendale Limitada”, detida a 15% pela vice-governadora para o sector Político, Social e Económico, Emilia Cambundo Tchinawalile António Salles Camuhoto.

 

Na sexta-feira (12), o governador Job Capapinha proferiu um discurso a quando a tomada de posse do novo diretor do registros notariais tendo declarado que desde 2018, a Província do Cuanza Sul deixou de ter espaço para actos de corrupção.