Luanda - Caros Interessados em conhecer a verdade: Só hoje chegou ao meu conhecimento esta informação errada e que está a dar ocasião a toda a espécie de interpretações. Lamento muito. Vamos então esclarecer a verdade dos factos:


Fonte: Club-k

Lamento muito tanta invenção tanta acusação à Igreja Católica

O Nelson Pestana não foi “exonerado”, muito menos “compulsivamente” de professor no Instituto Superior João Paulo II. Foi sim dispensado de dar um dos vários cursos que ele lecciona no Instituto. Fui eu próprio que o informei logo no dia 21, de modo a dar-lhe tempo para ele assumir outros trabalhos que ele quisesse em 2010. Foi apenas um dos cursos que tem leccionado e por razões pedagógicas e não por quaisquer outras. E fi-lo após diversas conversas que eu, pessoalmente, tive com o Professor Nelson Pestana, nos últimos três anos sobre este assunto. Ele sabe as razões.


Por isso, não fui influenciado por ninguém: apenas com o acordo dos meus directos colaboradores no Instituto e com o único objectivo de melhorarmos o rendimento dos estudantes. E isso foi tudo falado pessoalmente com ele. Como eu lhe disse, depois destes 5 anos de leccionação, queremos experimentar um professor nesta disciplina “Introdução ao Direito”.


Eu conheço o Prof. Nelson Pestana desde 1989. Nesse ano, fui eu que o convidei, como Reitor do ICRA, para proferir a uma conferência-mesa redonda aos nossos estudantes do ICRA sobre os temas: Democracia, Monopartidarismo e Pluripartidarismo.


Avizinhava-se o Congresso do MPLA. Interessava-me esclarecer os nossos estudantes. Conheço as ideias do Prof. Nelson Pestana. Não concordo com ele em tudo. Ele sabe, porque eu lhe tenho dito o que penso várias vezes. Mas isso não me impediu de ser amigo dele e de o convidar a leccionar no ISUP JPII desde 2005 até hoje. Se ele não quiser continuar connosco terá de me informar como eu o fiz. Doutro modo, vamos continuar juntos. Por isso nada de “exoneração”, muito menos “compulsiva”. Os antigos, no seu humor e sabedoria, a respeito deste tipo de casos, diziam: ”a montanha pariu um rato”. Ou ainda :“uma tempestade num copo de água”…


Respeito as suas ideias como respeito as de todas as pessoas. Nós somos uma instituição da Igreja Católica, mas tanto os professores como os estudantes e os funcionários são respeitados nas suas crenças, ideias políticas ou outras. Só exigimos o respeito mútuo.


Finalmente, lamento muito tanta invenção e tanta acusação à Igreja Católica. Quando há coisas que não sabem, sugiro que perguntem. A Igreja Católica fala e trabalha abertamente, ao serviço das pessoas, particularmente das mais carenciadas, como fez agora com os retornados da República Democrática do Congo. Claro que a Igreja tem no coração a mensagem e a força de Jesus, mas é feita de homens. E nós, homens, somos o que conseguimos ser. Ajudem-nos a ser melhores, mas na verdade e com a verdade, porque só a verdade liberta.

 

Luanda, aos 29 de Dezembro de 2009.


Frei João Domingos, OP
Reitor do Instituto Superior João Paulo II.

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