Luanda - Já está definido que a China aceita a suspensão dos pagamentos da dívida angolana, mas falta acordar durante quanto tempo. Executivo queria cinco anos, mas o gigante chinês admite apenas três. Não estava previsto, mas acordo engloba também a dívida de 17 mil milhões USD a bancos.

Fonte: Expansão

Angola está a negociar a suspensão durante pelo menos três anos do pagamento de amortizações e juros da dívida à China e a bancos chineses que, no final de 2019, ascendia a 21,7 mil milhões USD, num acordo que está praticamente fechado e é um importante passo para a sustentabilidade da dívida, apurou o Expansão.



Já está definido que a China aceita a suspensão dos pagamentos, mas falta ainda acordar durante quanto tempo. Apesar de o Executivo pretender um acordo a cinco anos, o gigante asiático apenas aceita três anos, segundo apurou o Expansão.



Há duas semanas, e após o Presidente da República, João Lourenço, ter anunciado que o País estava a negociar a sua dívida externa com alguns credores, o Ministério das Finanças anunciou, em comunicado, que recorreu à iniciativa de suspensão do serviço da dívida do G20 (G20/DSSI) para adiar amortizações e pagamentos de juros relativos à dívida bilateral, equivalente a 5,8 mil milhões USD. A China pertence ao G20 e é o maior credor externo, já que Angola lhe deve 4,7 mil milhões USD (dívida bilateral).



Entretanto, segundo apurou o Expansão, as negociações com aquele país contemplam também a dívida a bancos, nomeadamente ao Banco de Desenvolvimento da China (14,6 mil milhões USD) e ao Banco da China (2,4 mil milhões).