Luanda - Se calhar para alguns seria mais correto de minha parte estar aqui agora a empanturrar o jovem Nito Alves de elogios por ter desafiado a polícia quando lhe deu ordens ou se dirigiu para ele.
Fonte: Club-k.net
NA MEDIDA CERTA E DE FORMA SAUDÁVEL
Nada disto manos , eu sei e tenho consciência da força poderosa de um elogio quando feito seja á quem for , pois geralmente este funciona como um acelerador do desenvolvimento pessoal .
Mas também sei e tenho plena consciência da importância das repreensões necessárias de vez em quando , quando feitas para travar erros que se cometem como neste caso.
Eu ainda ontem disse , que temo pela vida deste jovem , que até pode ir muito longe .
Se souber usar dos direitos que tem fora de Angola , já que no país infelizmente ainda existem os que estão em cima e os abaixo das mesmas leis.
Assunto para uma outra crónica este último aspeto onde me refiro aos direitos que tem cá fora , que só luta por eles e os defende quem os conhece , que não deve ser o caso do Nito Alves .
Seja como for , eu não posso fechar os meus olhos , nem ignorar .
Só para agradar seja á quem for ou mesmo ao nosso jovem Nito Alves ao que não foi bem feito , por mais seu fã ou admirador que fosse.
Mas também não quero abusar ao lhe repreender por aquilo que na minha opinião não foi bem feito .
Mas não quero me portar aqui como um educador tipo policia que já estava á espreita de uma oportunidade para lhe apanhar em falta.
Nada disto manos , pois o excesso e exagero de repressão , sobretudo em relação a pessoas pouco experientes ou pouco confiantes , produz desânimo e ressentimento e agrava o medo de se assumir responsabilidades.
O meu objetivo essencial desta minha repreensão ao jovem Nito Alves não é castigar , mas ajudar a proceder melhor , a desenvolver a sua autonomia e auto-estima.
Por isso quero lhe ensinar a corrigir os seus erros sem ferir a sua dignidade , não é fácil sei disso , pois poderei até ser mal interpretado , mas com um pouco de tacto se consegue.
Falta ao jovem o segredo de saber escutar , aquele sinal distintivo do homem de diálogo , que escuta tão bem como fala ou , talvez , melhor .
Às vezes na vida é preciso também saber escutar mais , do que falar , é segredo das boas relações humanas .
E se ele acatar alguns conselhos o que não é obrigado , se não quiser , pode até mesmo evitar conflitos com os tais senhores e senhoras da embaixada que ele diz lhe tratarem mal.
Não é o primeiro , único e não será o último , pois em quase todas embaixadas que eu sempre considerei como autênticos comités do MPLA no exterior .
Quem é contra o sistema instalado em Angola nunca é ,e será alguma vez bem visto.
Isto é o que ouço e vários factos me confirmam ocorrido com pessoas que ja precisaram das embaixadas e consulados angolanos.
Embora nunca tendo posto os meus pés em alguma embaixada ou consulado angolano porque nunca precisei e vos garanto que nunca vou precisar absolutamente nada destes comités do MPLA no exterior.
Relatórios sobre casos de angolanos que foram feitos gato sapato e quase pisados na sua dignidade quando precisaram de algum documento dos tais comitês são os que tenho de sobra
Fórum Livre Opinião & Justiça
Fernando Vumby.