Luanda - "A perspectiva da disputa entre o jornalismo e as redes sociais deve ser melhor escurtinada, na medida que, entendo as redes sociais um "meio/suporte" que o próprio jornalismo pode usar para se desenvolver. Logo, é preciso também avaliar se nas redes sociais faz-se jornalismo no sentido mais conceptual e ortodoxo". Disse-me o mais velho Filipe.

Fonte: Club-k.net

A disseminação das redes digitais obrigou a imprensa a repensar as suas dinâmicas, que têm sido, potencialmente, beneficiadas pelas redes sociais. Mas há uma tensão nesse processo, porque o jornalismo ainda lida com a perplexidade dos fluxos comunicacionais do ambiente digital - reage de forma meramente instintiva. Ao mesmo tempo, as redes sociais têm-se constituído como uma espécie de extensão das redações, e isso refere-se não apenas para a descoberta dos temas, mas também para a recolha de informações.

 

A repercussão de determinados acontecimentos no âmbito das redes sociais acaba por originar um novo acontecimento. Nestas situações, é preciso que, da primeira à última ‘vida’ do acontecimento, a cobertura respeite os princípios éticos e deontológicos do jornalismo, de modo que a notícia, seja confiável. No entanto, observa-se que o jornalismo tenta disputar com as redes sociais no que tange à velocidade e à abundância de informações que circulam. Neste cenário, há possibilidade também para um debate fulcral acerca do que caberia ao jornalismo. No meu entendimento, parte da resposta refere-se a capacidade inovadora e empreendedora que se espera do jornalista.

 

O jornalismo deve ocupar um lugar de mediação qualificada entre os acontecimentos públicos e a sociedade. Este deve ser o papel do jornalismo no espaço público moderno.

 

É difícil prever desenvolvimentos futuros, também porque a geopolítica africana, por algumas razões, não pode ser circunscrita dentro de um perímetro determinístico. Como a África é um conjunto de estados soberanos, muito dependerá da capacidade da União Africana de se fazer intérprete das instâncias do desejado pan-africanismo, entendido como um exercício compartilhado de exploração e identificação dos desafios que o continente enfrenta como um todo, dentro da estrutura de um mundo globalizado. O sucesso dependerá do esforço comum para conseguir traduzir todas as instâncias em uma causa política unitária capaz de transcender a idade, classe e etnia.


Depois de recuperar 12 lugares na classificação relativa a 2018, Angola subiu, em 2019, para o lugar 106 no que diz respeito à qualidade da liberdade de imprensa.


Angola ainda não é a democracia forte que deveria ser, e por acaso a imprensa divulga descalabros que necessitam de instituições fortes para serem apurados, denunciados e julgados em conformidade a lei.


Considerando a grande importância para a liberdade pública da liberdade de imprensa, o novo governo angolano abraçou o pensamento de Rabindrnath Tagore, que afirma que “Se você fechar a porta a todos os erros, a verdade também ficará de fora.”


Sem liberdade de expressão, nenhuma busca pela verdade é possível, e neste quesito está de parabéns o Presidente João Lourenço.

Angola e o seu governo estão de parabéns pelos progressos. Devemos pensar África. Pensar Global sem esquecer o Local.

Entre opinião, crónicas e ensaios esta é a minha visão!

EDGAR LEANDRO