Luanda - Um cidadão francês foi detido pela polícia de Angola em flagrante delito quando efetuava uma compra clandestina de diamantes numa residência no centro urbano do município do Lucapa, província da Lunda Norte.

Fonte: Lusa

As autoridades apreenderam 4.429 pedras de diamantes ainda por avaliar, noticiou a Angop.


A agência angolana de notícias teve acesso a uma nota da Polícia Nacional e explicou que a detenção resultou de várias denúncias sobre transações de diamantes na habituação utilizada pelo cidadão francês, a viver em Angola em situação legal.

 

De acordo com o Ministério do Interior, a detenção aconteceu porque a compra clandestina de diamantes configura crime de posse ilícita de minerais estratégicos e ficou enquadrada na Operação Transparência.

 

Foram também apreendidos 3.350 dólares (cerca de 3.100 euros) e 30 euros em numerário, duas balanças, cinco máquinas calculadoras, quatro pás de recolha de diamantes, três candeeiros e três lupas.

 

As pedras de diamantes vão ser alvo de procedimento legal pela Comissão do Posto Avançado de Malanje da Operação Transparência, iniciada em 2018 para combater a imigração ilegal, a exploração ilícito de diamantes e o respetivo tráfico. Em março do ano passado, foi alargada à costa marítima.

 

A operação já provocou o repatriamento “voluntário”, de acordo com as autoridades angolanas, de mais de 455 mil cidadãos estrangeiros sem documentação adequada, na sua grande maioria oriundos da República Democrática do Congo.

 

O cidadão francês detido será reencaminhado paro Ministério Público nos próximos dias.

 

De acordo com dados consultados pela Angop, de Janeiro a Maio do ano deste ano, foram apreendidas 125 pedras de diamantes (por avaliar), 1.700 dólares norte-americanos (1500 euros) e 55 mil kwanzas (83 euros).

 

Durante o ano passado, foram apreendidas 6.579 pedras de diamantes (por avaliar), 19 viaturas e 275 mil dólares norte-americanos. Foram ainda detidos mais de 147 mil estrangeiros sem a devida documentação, dos quais apenas 158 não eram congoleses.

 

As infrações registadas, no quadro da Operação Transparência, já terão rendido ao Estado angolano 16.543.420 kwanzas (mais de 25 mil euros).