Luanda – Uma família, na província do Bié, clama por justiça e responsabilização criminal contra o agente da Polícia de Intervenção Rápida (PIR), que responde pelo nome de Marcolino Kalunga Andrade, destacado na esquadra policial de “Santa Clara”, na cidade do Cuito, que está ser acusado de no passado dia 29 de Junho, do corrente ano, ter brutalmente agredido, na via pública, uma jovem de 26 anos de idade, tendo-lhe provocado fratura da clavícula de um dos membros superior, denunciaram ao Club-K Angola, pessoas próximas à vítima.

Fonte: Club-k.net
Segundo familiares de Vitória Henda Eyala Mucamba Soares, a vítima, até agora não sabem o que esteve na base da brutal agressão contra sua filha, que por volta das 13 horas, do dia 29 de Junho do corrente ano, quando esta saía de uma formação de trabalho, encontrou um “predador” que quase lhe tirasse a vida, apenas por se negar a manter uma conversa para trocar amizade.

Porém, nem a própria vítima consegue explicar, sendo o suposto agente da Polícia Nacional uma pessoa desconhecida para si.

Para agravar ainda mais a situação e o estado de saúde de Vitória, alegam as fontes, o “algoz” foi posto em liberdade, um dia depois da sua detenção, sem que, no entanto, prestasse depoimentos às instâncias judiciais pelo sucedido, sob processo número “1250/20-C, 1758/20, acusado por crime de ofensas corporais voluntárias”.

“A caminho de casa, algures na cidade do Cuito, Vitória encontrou o polícia a beber cerveja na rua, quando o agente saudou aquela que minutos depois viria ser sua vítima. Ao responder a saudação, o oportunista exigiu uma conversa com Vitória, forçando-a a parar. Mostrando resistência em não interromper a sua caminhada, o PIR dirigiu-se com palavras insultuosas e ofensas provocatórias à sua honra e dignidade, chegando ainda mais longe em partir para agressão que culminou com danos físicos e do seu telemóvel”, detalhou, uma fonte muito próxima à vítima.

As fontes chegam mais longe ao desconfiar que o suposto “agressor” da Polícia Nacional no Cuito, esteja, supostamente, protegido por altas patentes local, citando o chefe do Serviço de Investigação Criminal (SIC), Luís Sebastião, e, presumem, pelo também comandante da referida esquadra, Nelito Mateus Manuel, a que pertence o agente acusado que, sob “efeito de álcool, sem piedade, desferiu, insensivelmente àquela jovem mulher, duros golpes em várias regiões do seu corpo indefeso”.

Preferindo anonimato, uma outra fonte, que acompanha o processo, afirma que o agente foi detido no dia 29, horas depois da agressão, por queixa crime pela própria vítima, e posto em liberdade um dia depois, a 30 de Junho, na unidade na Centralidade Horizonte do Cuito. Mas, até ao momento, o comandante Nelito não se pronuncia sobre atitude do seu subordinado. Se ele estava detido pelo SIC, como pode ter saído sem reparar os danos que provocou a nossa mana?”, questionou a fonte, denunciando possíveis tráficos de influências.

Segundo relatos de testemunhas que acompanharam o episódio que resultou em danos físicos com fortes fraturas e lesões à Vitória, a brutalidade foi de tamanha desproporcionalidade contra a jovem de 26 anos, a julgar pelo porte físico e preparação de um agente da PIR sob efeito de álcool. Tentamos sem sucesso ouvir o acusado, até a esta publicação.