Luanda - Alcíneo Cristóvão Luís é docente e advogado forense há aproximadamente 20 anos, sendo um dos mais respeitados e requisitados da nossa praça, com uma carteira de clientes bastante invejável.

*Carlos André
Fonte: Club-k.net


Há uns tempos a esta parte, o patriota e corajoso causídico angolano Alcíneo Cristóvão denunciou, em entrevista exclusiva, concedida ao Jornal o ‘O Crime’, a existência no País de células criminosas, que, de acordo com o renomado jurista, estão devidamente estruturadas e contam com a cooperação de advogados, altas patentes da Polícia Nacional e até mesmo magistrados, que prestam todo o auxilio, técnico-administrativo, jurídico e logístico, no cometimento de uma série de crimes, com destaque aos de natureza económica e financeira.


O dito causídico mais denunciou, também, que estas células, altamente organizadas, conscientes das vulnerabilidades que enfermam o sistema judiciário e judicial intramuros, aproveitam-se destas fraquezas no sentido de explorarem o máximo possível, e automaticamente engendrarem a prática destes crimes, mormente, de extorsão de património valiosíssimo que depois repartem para satisfazer os seus insaciáveis apetites.


Acrescentando que «é preciso dizer, também, que estas pessoas, hoje, que fazem destes crimes contra as propriedades de outrem, o seu “modus-vivendis”, antes de as engendrarem fazem um estudo prévio e lançam iscas no sentido de procurarem fazer amizades com determinadas pessoas que tenham responsabilidades em departamentos, direcções, e até mesmo nos órgãos com a competência de fazer e realizar a justiça.


A verdade é que esta rede de burladores consegue antever as consequências dos seus actos, dos crimes que efectivamente vão engendrando e praticando. Criam as referidas amizades antes da perpetração dos crimes, depois de identificarem as suas presas, engendrarem e praticarem os crimes, de forma dolosa, consciente e voluntária – e, na medida em que as pessoas dão conta que estão diante de uma burla, vão, como é óbvio, e por que é de direito, participar os factos às autoridades competentes no sentido de se instruir e formalizar os competentes processos de responsabilização criminal e penal.»


Mais rematou que, «Portanto, aí estaríamos a falar em organizações, em células com comandos devidamente estruturados e dos quais as pessoas que têm responsabilidades nos órgãos do Estado, sobretudo nas instâncias que têm a incumbência de participar e fazer a justiça que a sociedade clama todos os dias, essas pessoas tinham que estar inseridos nessas células e com responsabilidades de comando.»


Neste momento, estão a ser engendrados dois planos de acção que têm em vista, por um lado, o património de um conhecido ex-oficial superior das FAA, político e empresário angolano, que já recebeu algumas chamadas telefónicas durante as quais foi ameaçado de prisão, caso não pagasse uma alegada dívida. Foi-lhe dito, de forma peremptória:« ou pagas a dívida ou iremos emitir um mandato de captura pela prática do crime burla por defraudação. Não temos medo de por na prisão!»



A segunda vítima, trata-se de um cidadão estrangeiro, que também está na iminência de ficar sem a totalidade dos seus bens, com a conivência daqueles que era suposto defendê-lo, as si e ao seu património.


Estão a laborar na ilicitude e na ilegalidade, com documentos que, como é público e notório foram oportunamente revogados, portanto, sem qualquer validade jurídica, e mesmo assim, sendo do seu pleno e total conhecimento, agem como se nada se estivesse a passar, ou melhor, como se estivessem acima da lei, continuando a praticar e a dar guarida a tais práticas criminosas.


Utilizam os meios e os recursos do estado para executarem os seus planos macabros.


Os colaboradores associados às referidas pessoas sentem-se ameaçados –vítimas- estão a viver um autêntico clima de terror e até temem pelas suas vidas. Têm medo de ser detidos, a qualquer momento, sem saberem o porquê.


Infelizmente, os algozes praticam os seus actos de cara destapada, enfim, fazem-no à luz do dia, sem qualquer receio ou temor e com o auxílio de alguns advogados, também já devidamente identificados.


Se não se tomar medidas enérgicas e imediatas estaremos a viver num autêntico paraíso da máfia!


As autoridades competentes já estão ao corrente do assunto e, seguramente, a muito breve trecho, tomarão as medidas acertadas e adequadas.