Maputo - A ProConsumers, Associação para o Estudo e Defesa do Consumidor (Moçambique) e a Associação de Defesa do Consumidor – ADECOR (Angola) realizaram, na última semana, um encontro virtual para desenhar estratégias de trabalho conjunto na educação e defesa do consumidor.

Fonte: portaldoconsumidor.org.mz

O encontro teve como objectivo, a criação de uma parceria entre a ADECOR e a ProConsumers, para o engrandecimento das políticas de Defesa e Protecção dos Consumidores nos países africanos falantes da língua Portuguesa e não só.

 

As duas organizações pretendem desenhar projectos e políticas conjuntas, para o fortalecimento das medidas de protecção e educação dos consumidores, face às dificuldades económicas e sociais que o continente africano enfrenta. De forma mais específica pretende-se:

 

• Promover debates e desenvolver conteúdos sobre educação financeira para consumidores;

 

• Promover a criação de um Guia Alimentar para Moçambique e Angola, e outros países africanos;

 

• Dialogar e promover a divulgação das organizações de consumidores da África, usando o sentido da solidariedade entre os povos em prol do desenvolvimento sustentável do nosso continente;

 

• Propor e promover discussões nas agendas da SADC sobre protecção dos consumidores;

 

• Promover a criação do Fundo, fórum ou união das organizações de consumidores língua portuguesa em África e não só.

 

De acordo com o representante da ADECOR, Divaldo Mateus é de extrema necessidade que as organizações defensoras dos direitos dos consumidores cooperem nos trabalhos que têm vindo a desenvolver, uma vez que, “nos países africanos de língua portuguesa como, Cabo Verde, Moçambique, Angola, São Tomé e Guiné Bissau a protecção dos direitos do consumidor ainda não é um facto real, ou melhor, ainda há muitas dificuldades no que diz respeito à aplicação ou materialização das leis ou regulamentos de Defesa dos Consumidores”, disse.

 

Divaldo Mateus acrescentou que, com muito trabalho e esforço para criação de políticas fortes e eficazes será possível superar essas dificuldades, principalmente com a criação de uma organização africana de Defesa do Consumidor, reconhecida em todos os países africanos e em outros continentes.

 

Segundo Alexandre Baicião, a concretização dessa parceria vai abrir espaço para melhor interacção e troca de experiências entre as instituições de defesa do consumidor em Angola e Moçambique, por forma a fazer um bom trabalho na protecção dos direitos e interesses dos seus cidadãos na área de consumo. Bacião terminou a sua intervenção, encorajando mais organizações para que façam parte desse projecto.