Luanda - Hoje, o espaço aéreo universal, está leve e regista um tráfego aéreo folgado, conforme dados projectos por Eurocontrol, no dia 24 de Julho de 2020. A premissa é inegavelmente verdade de que se regista alguma ascensão da actividade na Europa, registado assim às 13:07 (UTC), do mesmo dia, catorze mil e oitocentos e dezanove (aeronaves) em voo, (14.819,000) e Seis mil setecentos e setenta e seis voos programados, (6.776.000), Somando um total de Vinte um mil e quinhentos e noventa e cinco voos à realizar. Eurocontrol, é a organização internacional cujo principal objectivo é o desenvolvimento de um sistema pan-europeu de ATM. Assomam assim algumas reflexões com base na actual realidade. É inadiável a implementação da Filosofia, GANP-CNS/ATM/AIM a nível global? Em que pressuposto ou visão? É impreterível o comprimento do preenchimento, Actualização de Blocos de Sistemas de Aviação-(ASBU)? Olhemos.

Fonte: Club-k.net
Desde o ano de 2002, que se actualiza o Doc. 9750 AN/963, que aborda aspectos do Plano Global de Navegação Aérea, que com base nela a ICAO e os seus membros buscam formas de solucionar a problemática da saturação do espaço aéreo Internacional, de formas a que haja uma navegabilidade eficiente. Daí a necessidade da implementação do Plano Global de Navegação Aérea (GANP)-(CNS/ATM/AIM).

Advogam a ‘práxis’, que a aviação civil no mundo, volte ao normal funcionamento, e atinja picos máximos ao longo prazo, isso obrigará o continente Africano a ter um sistema robusto de (CNS/ATAIM), que desemboca na implementação do Plano Global de Navegação Aérea, que pressupõem o desenvolvimento de metodologias acertadas, descrição dos planos de acções e processos de implementação, do GANP-CNS/ATM/AIM.

Pois bem, poucas vezes o continente berço da humanidade é visto como capaz, talvez devido ultraje de algumas recomendações de fórum universal, como exemplo a situação actual da saúde pública, que por sorte e sabedoria meritorial os Africanos têm sabido dar boa resposta a uma gestão aceitável do problema. Portanto, o mundo padece hoje de soluções urgentes de várias ordens, e a implementação do Plano Global de Navegação Aérea é um deles, que poderá dar alguma projecção ao continente.

Isto pressupõe como ponto de partida, um grande desafio para África na concepção de planos de navegação aérea de cada país, e a seguir harmonizar os mesmos nas respectivas regiões e por último articular-los a nível universal, alcançando o espaço aéreo global único (GANP), sempre salvaguardando os interesses dos Estados e Nações.

Não obstante, o registo recai na existência e funcionamento real da Comunicação, Navegação Vigilância e Segurança Aérea-(CNS), e na Gestão de tráfego Aéreo e Informação Aeronáutica -(ATAIM), englobando ainda outros programas como Actualização de Blocos de Sistemas de Aviação - (ASBU) e a integração do (PBN) Navegação Baseada em Desempenho, sem descurar as avionicas, neste capitulo existem países em África, Ásia e Europa e Américas que estejam melhor que outros, em alguns países só será necessária actualização dos sistemas, enquanto em outros terão de instalar equipamentos e tecnologias, todo isto pressupõe criar condições financeiras, tecnológicas, humanas e metodológicas, em resumo seria a aceitação e aprovação do (ASBU,CNS,ATM,AIM) e (PBN) que desemboca no Plano Global de Navegação Aérea, a grande incógnita é que deve haver satélites disponíveis para tal funcionamento.

Este feito visa harmonizar e unificar o espaço aéreo global, garantindo uma segurança eficiente da navegabilidade no universo, de formas a que o espaço aéreo global seja favorável nas separações verticais e horizontais dos veículos voadores, sempre quando tenhamos em circulação uma quantidade de aeronaves acima da média. Nesta perspectiva é um grande desafio para o continente, visto que a implementação do Plano Global de Navegação Aérea visa aperfeiçoar os sistemas de Comunicação, Navegação aérea, Vigilância e Segurança, e na Gestão eficiente do tráfego e de informação aeronáutica no mundo todo, criando caminhos aéreos em forma de túnel aéreos, que possibilitaria a navegação ponto a ponto sem a interferência do homem em terra.

O paradigma é identificarmos, se o não comprimento na totalidade destas necessidades, irá condicionar, as aerolíneas dos Estados-membros e constituir sanções aos Estados que não cumprirem com a implementação total dos programas, e por outra examinarmos o verdadeiro impacto econômico que trará para o mundo e para cada país, segundo as futuras demandas que o mundo venha a registar nos próximos anos. Para tais alguns países deverão realizar investimentos em equipamentos (CNS/ATAIM), reestruturar ou organização dos seus aeródromos, de forma a atingirem a excelência advogada pela Organização Internacional da Aviação Civil-(ICAO).

O calcanhar de Aquiles poderá ser o financiamento para estes projectos o capital deve ser nacional, ou buscar-se-ia no mercado internacional sobre todo por via das fabricadoras de equipamentos aéreos. Outrossim, enfatizar que a proficiência técnica, em alguns casos são cobertas pela ICAO, isto obrigará um alto conhecimento da ciência Aeronáutica e seus subjacentes, porque África tem tudo para ser um dos melhores no mundo, e esperamos que a implementação do Plano Global de Navegação Aérea traga outra visibilidade ao continente, garantido a segurança eficiente e sustentabilidade do transporte e do espaço aéreo internacional, com finalidade de harmonizar a navegação aérea universal da filosofia do céu único.

*Docente e Investigador Aeronáutico