Luanda – Os dirigentes da petrolífera Falcon Oil Holding Angola S.A. apontam o antigo vice-Presidente da República, Manuel Domingos Vicente, como um dos principais responsáveis pela exclusão da petrolífera do empresário António Mosquito – que perdeu cerca 84 milhões de dólares norte-americanos, o valor inicial do investimento – na exploração do Bloco 15/06, soube o Club K junto de uma fonte balizada na matéria.

*Jacinto Clemente
Fonte: Club-k.net


A fonte do Club K sustenta que, tal como noticiamos há escassos dias, no encontro recente entre António Mosquito e o Manuel Vicente, este último reconheceu à injustiça contra a Falcon Oil Holding Angola S.A..

Mas o correcto é que o ex-Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Manuel Vicente, se beneficiou nessa toda confusão criada, indirectamente, por ele e Francisco de Lemos José Maria, então Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, colocando uma das suas petrolíferas.

A verdade é que, com o afastamento da petrolífera Falcon Oil na exploração do Bloco 15/06, Manuel Vicente terá proposto a entrada de uma das empresas petrolíferas do seu interesse. Fala-se, de boca pequena, que terá sido a Somoil, detida, entre outros, por Desidério Costa, ex-ministro dos Petróleos, o próprio Manuel Vicente.

Curiosamente, apesar de M. Vicente admitir mea culpa na jogada, o mesmo quer agora atribuir culpa ao Presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Petróleo e Gás, Paulino Jerónimo, alegando que este último não tem vontade de resolver o problema de forma extrajudicial.

Fruto da ambição desmedida dos algozes do empresário António Mosquito, a Falcon Oil Holding Angola S.A. apresentou uma queixa contra a Sonangol e multinacional ENI, no Tribunal Provincial de Luanda, por ter sido arbitrariamente excluída do Bloco 15/06, onde detinha uma participação de cinco por cento. E exige uma indemnização de 743 milhões de dólares.