Benguela - Aproximadamente quarenta toneladas de produtos diversos foram apreendidos e destruídos, de Janeiro do corrente até a presente data, na província de Benguela, pelo Instituto Nacional de Defesa do Consumidor, afirmou hoje (terça-feira), nesta cidade, o responsável local da instituição, Manuel Furtado.

Fonte: Angop

Falando num encontro de reflexão sobre a qualidade dos produtos consumidos na província, que juntou autoridades, comerciantes e clientes, Manuel Furtado disse que os produtos foram aprendidos em estabelecimentos comerciais e mercados informais por adulteração e expiração da data, bem como por mau estado de conservação.

De acordo com o chefe dos Serviços Provinciais do Inadec, constam destes produtos sumos, farinha de milho e de trigo, arroz, açúcar, batata frita, bolachas, iogurte, leite e margarina, em que as crianças são os maiores consumidores.

O director, que reprovou a comercialização de produtos adulterados e expirados, considerou ser uma acção premeditada, estudada e arquitectada pelos operadores económicos, com o instituto de enganar e prejudicar a saúde dos consumidores.

Por seu lado, a vice-governadora para o sector Económico, Politico e Social de Benguela, Deolinda Valiangula, reconheceu o desempenho da direcção do Inadec na província que, apesar das dificuldades, tem sido activo na defesa dos direitos dos cidadãos.

Considerou o Inadec uma instituição que, para além de promover os direitos do consumidor, coordena e arquitecta medidas tendentes à protecção, informação e educação da população, proporcionando-lhe segurança e bem-estar, daí que deve actuar sempre de forma imparcial e rigorosa, tomando medidas justas que contribuam para a protecção da saúde e da vida.

“A política de aproximação dos serviços aos consumidores, em conformidade com a lei, deve proteger aqueles que possam ser vítimas de acções ilegais de quem tem de fornecer os produtos”, afirmou a vice- governadora.

Deolinda Valiangula augura que o encontro possa cultivar um bom relacionamento entre fornecedores e clientes, promovendo uma melhor saúde financeira e vantagens competitivas em qualquer negócio.

O encontro, que contou com a participação de agentes económicos e responsáveis do governo provincial, abordou ainda as implicações criminais que advêm do comportamento dos operadores que comercializam produtos adulterados e propositadamente em mau estado de conservação.

Consequências na saúde humana do consumo de produtos expirados, adulterados e em mau estado de conservação, implicações fiscais que advêm da aquisição de produtos importados e outros de produção nacional no mercado informal sem facturas, a importância do controle de qualidade dos produtos, bem como a obrigatoriedade da análise laboratorial dos mesmo, foram outros temas abordados no encontro.