Lisboa  - A Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC) não aceita o  advogado Martinho Nombo como defensor do docente universitário  Belchior Lanso Tati alegando que este  é “do mesmo grupo”. (Em referencia ao grupo de activistas cívicos  que tem posição contraria ao clima de repressão que se observa na província)


Fonte: Club-k.net


O advogado Martinho Nombo tem a reputação de ganhar todos casos jurídicos em Cabinda. Tem prestado consultoria ao governo provincial. A  recusa ao seu nome segundo parecer interno veio após uma comunicação entre o procurador municipal  e um responsável  da DNIC  que  terão invocado a  concordância “superior” do director adjunto provincial daquela instituição de investigação, Oliveira Silva. 

 

Ainda em relação a Martinho Lombo, o procurador provincial, Dr Madeca que conduz o processo aventa a possibilidade de este   advogado  vir a ser  implicado também por alegadamente ter estado em várias organizações com o argüido, Belchior Lanso Tati.


Não ha ainda acusação conhecida em torno da detenção de Belchior Tati. O processo conforme uma apuração, esta a ser elaborado. Alega-se que só o advogado do mesmo saberá. Há suspeitam de que as autoridades tencionam impor um advogado de sua eleição.


De recordar, que Belchior foi detido no passado dia 13 Janeiro na sua residência em Cabinda. Tem a fama de ser um quadro de forte reputação interna e respeitado junto de figuras do regime. A direcção política da FLEC tem igualmente confiança em si razão pela qual o líder Nzita Tiago requereu no ano passado um audiência ao Presidente da Republica indicando Belchior como seu transmissor de uma missiva. No seguimento da marcação da agenda teve um contacto com o assessor presidencial, Santana Andre Pitra “Petroff”. Há indicações que a orientação da sua detenção tenha partido de Luanda.