Luanda - Este acto é sim, um acto corajoso e heróico. Um acto humanístico, solidário e de interesse comum para Malianos.

Fonte: Club-k.net


Os malianos foram às urnas para escolher os novos membros do Parlamento em plena pandemia provocada pelo novo coronavírus, em 29 de março de 2020, poucos dias depois de um líder da oposição ter sido raptado junto com membros da sua comitiva eleitoral. A afluência às urnas rondou apenas os 35%.


Tem se registados sucessivos manifestações gerando confrontos entre polícia e manifestantes, na capital do Mali, resultando em 11 mortos.


Alegria, aplausos e calma regressou a Bamako, capital do Mali, ainda com as marcas da agitação provocada pelo golpe militar contra o Presidente Ibrahim Boubacar Keita, na quarta-feira (19.08.2020) mas, na comunidade internacional, reina a preocupação. Países vizinhos, organizações, governos e instituições em todo o mundo observam os últimos acontecimentos e condenam de forma unânime a queda forçada do regime, temendo a escalada de violência no país.


Os estadistas não temem violência no Mali, mas sim temem que esta situação que para mim é um “acto corajoso e heróico” venha atingir a eles tarde ou cedo e vai pôr o fim da hegemonia dos líderes africanos.


Houve, pronunciamento de vários estadistas a condenarem o acto de golpe de estado ao Ibrahim Boubacar Keïta, ocorrido no dia 18 de agosto de 2020, protagonizado por militares amotinados na residência presidencial em Bamako, capital do Mali, a mim não pareceu um acto ruim mas sim um acto heróico, pois, é de interesse dos Malianos.


Nós não soubemos de concreto qual é a situação socioeconómica e política do Mali internamente e quais os verdadeiros motivos que levaram ao Golpe do Estado e logo anunciadas as eleições. “Quem melhor conhece a casa é quem realmente vive nela” Os estadistas condenaram o Acto, mas os Malianos festejaram a actuação heróica dos militares amotinados, merecendo um elogio a decisão tomada.


Por causa da Constituição não podemos aceitar que um indivíduo faça e desfaça, tal como aconteceu em Angola com o José Eduardo dos Santos, que elaborou e aprovou uma constituição a seu favor, dando lugar a uma vida péssima para os demais Angolanos e implantando o seu regime ditatorial.


Se o actual Presidente da República de Angola, João Lourenço enquanto ocupava o Cargo do Ministro da Defesa, se protagonizasse um golpe ao ex-presidente José Eduardo dos Santos e toda sua massa associativa, seria considerado o herói de Angola e teria ajudado o País a sair duma ditadura e esvaziamento dos dinheiros de Angolanos. Mas não tinha essa visão de grande importância para o bem como. Colaborou com ele e juntos esvaiam Angola.


Teria prendido o JES pelos males que causava ao povo angolano e não hoje que está enfurecido depois de passar-lhe as Pastas da presidência da República. Hoje, é acusado pela mídia de estar a perseguir a família do JES, inclusive foi retirada a imagem dele nas novas notas do Kwanza para parecer um herói.


Essa onda de Golpe do Estado vai alastrar-se em toda África e Presidente de Angola corre este risco. Poderá ser o Próximo a ser capturado, devido a constante contestação no seio do MPLA e dos Generais, aos quais tratou de “Marimbondos”


Há notícias que dão conta que o Presidente de Angola João Lourenço, temendo e preocupado com o Golpe no Mali, reuniu com a Segurança do Estado.


Temos de elogiar a grande e corajosa decisão tomada pelos militares amotinados do Mali que, não precisaram tare barriga grande e cumprir as ordens superiores.


Os Malianos são Patriotas ao contrário os militares Angolanos que trabalham sob ordens superiores ao invés de assegurarem a maiorias da população.


Mas, ainda acredita-se nas Forças Armadas Angolanas lutarem pelo bem da Pátria angolana sem  importarem-se com ordens superiores que causam inúmeras dificuldades do seu povo. “A maior faculdade que nossa mente possui é, talvez, a capacidade de lidar com a dor. O

pensamento clássico nos ensina sobre as quatro portas da mente, e cada um cruza de acordo com sua necessidade”.

Por: Guimarães Kanga – Activista Cívico Nfudy Yoka
In Sambrawaya