Alemanha - Segue na integra a entrevista da jornalista guineense  Tchuma Camará conduzida por Manuel Lotutala a partir da cidade de Bona, Alemanha.

 

Fonte: Club-k

 
Club–K: Quem é a Tchuma?
F.T.C: Uma guineense Jornalista da Radio difusão Nacional, que ama a sua terra, nascida de uma família pobre, Religiosa, casada e mãe de três filhos.

 
Ser Jornalista e apresentadora, qual é a sensação?
Para mim ser apresentadora é ter a sensação de passividade. Gosto  mais de estar no terreno de modo a descobrir o porquê das coisas ou seja estar em contacto directo com aquelas que não têm a voz para lhes dar a voz (população).

 
Alguma vez já tinha pensado em fazer televisão?
Não, porque não gosto de dar nas vistas.

 
Fala-nos da sua colaboração  com a TPA 2?
A minha colaboração com a TPA, surge na sequência de boas relações existentes entre os dois países irmãos e a existência de uma vasta cooperação na área da Comunicação, reconhecendo os esforços de alguns técnicos guineenses e angolanos que facilitaram este tipo de projectos e estão sempre na mira de formar jovens com talentos.
 

Revês os programas que apresentas?
Sim tenho o feito, a meu ver é uma das formas de corrigir os erros do passado.

 

Achas que o facto de ser uma Jornalista de sucesso foi importante para ser chamada pela Televisão?
Não acredito.... simplesmente uma colaboração.


Como é que a família e os amigos encaram este seu novo desafio?
Com satisfação e orgulho.

 
Qual foi a tua maior falha durante a sua carreira Jornalística ?
Rapidamente não me recordo...

 
Qual é a sua fonte de inspiração para tantos talentos?
Leitura, o meu dia-dia e as notícias dos outros órgãos de informação.

 
Sente-se realizada?
Agradeço a Deus, mas ainda sinto que está me  faltar algo.


Qual o evento que marcou a sua carreira Jornalística?
Minha primeira aparição na TPA, a relatar a primeira tentativa do assassinato do Presidente Nino Vieira até a sua morte na  sua própria residência e por fim sobre as ultima eleições Legislativas e Presidenciais na República da Guiné.

 
Existem muitas escolas de Jornalismo em Bissau, a Tchuma tem acompanhamento de alguma escola ou professor lá em Bissau?
Não, só temos uma Universidade que têm uma Faculdade de jornalismo, criada em 2003 e contando com apoio de outros quadros e docentes universitários da minha Faculdade.

 
Acha importante haver uma escola de Jornalismo em Bissau?
Certamente, porque a formação é muito importante para não dizer indispensável, para exercício de qualquer profissão, sobretudo quando se trata do jornalismo ou de  comunicar, por isso é aconselhável que a pessoa conheça o ABC do jornalismo caso contrario...

 
Que ídolo nacional ou internacional inspirou a tua carreira Jornalística?
Judite Sousa a Jornalista portuguesa.


Alguma vez foi difamada?
Nunca, e se Deus quiser nem será, porque procuro exercer esta nobre profissão na base dos estatutos  e código deantólogico que considero a nossa "Bíblia".

 
E projectos para o futuro?
Projectos para futuro são vários, primeiro é terminar a minha formação este ano fazer o mestrado numa área social, que vou decidir brevemente.


Tchuma é casada? Com quem?
Sim, com o Dr. Rui Jandi, Jurista de profissão e actual Reitor da Universidade Lusófona da Guiné..


Ele apóia a tua carreira?
Sim, apóia a minha carreira 100/%.


É ciumento?
È um pouco ciumento e muito esperto na manifestação do seu ciúme.


Família o que é para si?
Família para mim é um tudo ou seja é um lar onde se pode  voltar.

 
Voltando a si, será que é uma boa Dona de casa?
Em parte sou boa Dona de casa, embora o factor  tempo as vezes obriga me a não cumprir como o desejado.

 
É Religiosa ou supersticiosa?
Sou Religiosa e não Fanática.

 
Sente-se famosa?
Não me sinto famosa, sou uma pessoa humilde e modesta, por isso neste sentido prefiro que os outros falem de mim e não eu.


Fala-nos um pouco da sua colaboração com a Deutsche Welle?
Como sabem a DW está empenhada na formação dos jovens jornalistas, nesta ordem de ideias quando tive em Bonn Alemanha em Maio de 2008 numa formação sobre jornalismo ambiental promovida pela Academia da DW e no final  da formação visitei a Redacção portuguesa da DW, na  conversa com o  Director, manifestei-lhe o interesse de um dia estagiar na Redacção portuguesa.

Voltei para Bissau, continuamos a corresponder, um dia desses  recebi o seu email  a descrever as condições da candidatura, candidatei-me e consegui, depois deste estágio fui proposta pela Direcção da Redacção portuguesa  como colaboradora para República da Guiné.


Conte-nos um pouco como é que conhece o Club-K, Clube dos angolanos no Exterior?
Conheço o Club-K através do Presidente da Associação dos Quadros Angolanos na Alemanha (AFD e.V.), trocamos impressões que mais tarde surgiu a idéia de ceder uma Entrevista ao mesmo Clube, que significa Clube dos Angolanos no Exterior do País.


As suas ultimas palavras!
Ultimas palavras: O meu muito obrigado o C-K pela oportunidade e que Deus vos abençoe nas vossas andanças.    
 
 

Bonn, 14.01.2010