Benguela - Rui Falcão Pinto de Andrade, cidadão nacional de 59 anos de idade (no próximo dia 2 de Dezembro, completa 60 anos de idade), natural de Moçâmedes, católico e psicólogo, é o actual governador da Benguela, nomeado no dia oito de Junho de 2017, em substituição do incompressível Isaac Maria dos Anjos por supostamente abrir demasiadamente a boca na fase de pré-campanha eleitoral.

Fonte: Club-k.net

Falcão encontrou a província armadilhada quer no partido quer na administração pública, pois tubarões no comité provincial do maioritário com tentáculos na capital do País eram os “donos de tudo isso”.


Avisado que foi, começou a fazer um saneamento básico no partido, reduziu e excluiu a turma dos “donos de tudo isso” apesar dos lesados terem recorrido aos bastidores a fim de travarem a expulsão do círculo do poder, porém, nada resultou. Portanto, prevaleceu a vontade de Falcão.


Então, propôs, impôs e foi aceite quase por unanimidade os novos rostos sobretudo jovens na linha de frente do partido.


Deste modo, tinha o tapete vermelho para na governação propor e nomear livremente quem entendesse ou sugerido por seu grupo restrito.


Primacialmente, chamou a si duas gerações antagónicas para coadjuvadores directos, a professora Deolinda Tchocondoca Valiangula, para o cargo de Vice-Governadora para o Sector Político, Social e Económico, pela experiência de vida, na docência, na política, na gestão da coisa pública (então administradora municipal do Bocoio) e o jornalista Leopoldo Francisco Jeremias Muhongo, para o cargo de Vice-Governador, para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas, um ar mais juvenil a gestão, pois, é na linguagem militar um verdadeiro homem blindado.


Seguidamente, constituiu um grupo com nomeações de muitos jovens e senhores jovens militantes do seu partido, alguns ostracizados durante vários anos, outros depositou votos de continuidade e outros foram deveras, surpreendidos.


Todavia, é ainda cedo para avaliarmos a meritocracia e a competência dos nomeados sobretudo
jovens embora haja já sinais visíveis de preocupações.


Por um lado, o egoísmo e exaltação humana começaram a ganhar corpo, pois, os escolhidos sentem-se deuses pois são felicitados por toda agente, e isso, infelizmente traz uma sensação de chefão e de poder.


E por outro lado, a licenciatura e outros graus académicos que possuem tornam-lhes “omniscientes”, muitas vezes, arrogantes e indisciplinados pois querem impor os seus conhecimentos técnicos e científicos sem ouvir mais ninguém.


Ora, o discurso político de governação é diferente da prática governativa, é aqui onde reside o problema. Pior ainda entre nós que durante anos as ordens superiores e os esquemas eram verdadeiras leis e fontes de enriquecimento rápido.


Então, “o sangue novo” da governação quer impor rigor e regras orçamentais nos termos da lei, ou seja, tudo na linha. É vero, deve ser assim, contudo, em muitos casos os vícios e os viciados combatem-nos com armas de falsidades. Por isso, a prudência aconselha a registar todos factos e datas, ou seja, criar um diário de governação.


Os filhos de Rui Falcão devem compreender que governar é uma missão, e enquanto jovens devem fazer bem a sua trajectória, devem saber estar, saber ser e saber fazer.


E devem ainda redobrar os cuidados com supostas boas amizades, com o novo círculo de relações pessoais e com aparente sensação de poder em mão. Portanto, tudo isso pode ser apenas fantasia, intrigas e armadilhas.


E conhecerão melhores às pessoas horas depois da exoneração.


Domingos Chipilica Eduardo