Lisboa - O regime angolano justiça que a detenção de Raul Tati e aos outros presos de consciências (Belchior Tati, Francisco Luemba etc) detidos nos últimos dias em Cabinda esta na base de um contacto que tiveram com o líder separatista, Nzita Tiago ao qual consideram crime contra a segurança do Estado. As autoridades em Luanda recusaram, entretanto canção contra a detenção dos mesmos que foram transferidos esta segunda feira para a prisão do Yabi.
Fonte: Club-k.net
No processo contra os arguidos o regime invoca três acusações concretas; a saber:
1. Contactos com Nzita Tiago;
2. Inspiradores e planeadores dos ataques da guerrilha;
3. Livro de Francisco Luemba, inspirador da luta armada
Socorrendo-se a um tal “de artigo 26”, as autoridades consideram serem crimes a segurança do estado. Não foram apresentadas provas do ponto (2). Fazem contudo saber que as prisões vão prosseguir em Cabinda e em Luanda.
Conforme conhecimento publico, o Padre Raul Tati e o docente universitário Belchior Lanso Tati tiveram contactos com Nzita Tiago a margem do dialogo para a paz no território. Em 2006, o Pe. Tati participou numa conferencia cabindesa na Europa a qual terá se avistado com o presidente da FLEC Nzita Tiago, Bento Bembe e outros de que resultou na criação do Fórum Cabindes para o Dialogo (FCD).
Belchior Lanso Tati esteve em Agosto de 2009 com o líder histórico dos separatistas em paris. Belchior é a figura que manteve um encontro com o assessor presidencial, Pitra “Petroff” e a quem Nzita Tiago endereçou uma carta endereçada a JES pedindo que este intelectual fosse portador de uma mensagem sua.
Outra figura angolana que terá tido contacto com o líder histórico da FLEC, é o presidente da UNITA, Isaias Samakuva. Não ha informação de que venha também preso uma vez que em 2007 foi citado por Nzita Tiago como a pessoa credível que podia mediar o dialogo para paz naquela parcela do território.