Luanda - Num texto de desabafo da Jornalista Marlene Chiengo, divulgado este Domingo, 13 de Setembro, na rede social facebook, mostrou-se descontente pelo tratamento dado aos membros da comunicação local, a quando da visita do Presidente da República João Manuel Gonçalves Lourenço, à Província do Bié, em que o Chefe do Estado procedeu a inauguração do Hospital Provincial do Bié, no passado sábado, 12 de Setembro de 2020, em nenhum dos homens dos Meios da Comunicação Social Local foi permitido a efectuar uma pergunta se quer, ao Presidente da República.

Fonte: KUP

Segundo a profissional de imprensa na Província do Bié e de Angola, na oportunidade, "Os jornalistas bienos apenas serviram de meros espectadores”, na deslocação do Chefe do Executivo angolano e do MPLA àquela região Centro-Sul do País.

Em mensagem postada na rede social a profissional diz.


"Desde que cheguei a casa estou a tentar perceber que raios de conferência de imprensa foi aquela que a equipe de trabalho do PR organizou aqui no Bié”.


“Mas então minha gente, se o hospital é NOSSO, a província do Bié é NOSSA e a atividade de inauguração do hospital dizia respeito ao POVO BIENO, porquê que nenhum jornalista dos órgãos de comunicação do Bié teve o direito de fazer ao menos uma pergunta ao Presidente da República?”, questionou-se.


“Tinha mesmo de ser mais o Paulo Duda a falar por nós? Tinham mesmo de ser as pessoas que nem trabalham aqui a colocar as pergunta?!”, continuou.


“Se nem na nossa própria terra temos a oportunidade de brilhar, onde mais é que vamos mostrar trabalho?”, interrogou.


De acordo com a profiossional negativamente tocada pela primazia dada a imprensa de Luanda em dentrimento da Local, a considerou de palhaçada indagou-se do trabalho da equipe do Presidente da República que coordenou a ida do Chefe do Executivo angolano, às terras bienas.


“Gostaria muito de saber da equipe de trabalho do Presidente da República que palhaçada foi aquela”.


Num tom aspero, a também docente deixou igualmente uma pergunta no ar a todos os Profissionais de Imprensa.


“De colega para colega de comunicação, que burrice foi aquela?”, e considerou a condição a que os jornalistas locais foram submetidos como sendo a de falta de respeito.


“Francamente! Quanta falta de respeito!”.

Marlene Chiengo prosseguiu interrogando por que razão que, “Os jornalistas bienos fizeram teste de covid-19 apenas para servirem de meros espectadores da inauguração do NOSSO HOSPITAL PROVINCIAL? Isso é sério mesmo? O credenciamento serviu para quê? Alguém me faça entender, por favor”.


Para a profissional, “Se com os órgãos de comunicação fazem isso nem quero imaginar com outras questões de bastidores. Pessoal de Luanda, Angola é grande e de todos NÓS! Também precisamos falar sobre as nossas preocupações! Esse mau hábito de chegar numa província e fazerem tudo do vosso jeito tem que acabar! Vocês encontram pessoas que merecem CONSIDERAÇÃO e RESPEITO!”.


“Paulo Duda, com tanta coisa sobre o Bié para perguntar, te sentiste mesmo bem a colocar aquela questão sobre as autarquias numa inauguração de hospital?”, expós.


“Aquele outro jornalista da TV Zimbo lhe passou o quê pela cabeça ao perguntar ao PR num evento público algo cuja respostas abalou ainda mais a já frágil democracia angolana? Hoko! Francamente!”, disse aquela cidadã angolana.


A jornalista e docente que, considerou legítima a sua reclamação, deixou o seguinte recado aos cidadãos angolanos em geral, e em especial, aos promotores do ocorrido.


“Como jornalista e biena, não gostei do carnaval que fez-se aqui! Angola NÃO é Luanda!

Aprendam a respeitar as pessoas”.