Luanda - Vários grupos de pressão têm estado a dar rosto nos últimos dias contra a governação do Presidente angolano, João Lourenço.

Fonte: VOA

No sábado, 26, ativistas preparam-se para sair às ruas em várias províncias em protesto contra o elevado índice de desemprego no país, enquanto teve início nesta quarta-feira, 24, uma campanha de recolha de assinaturas para exigir um inquérito à petrolífera Sonangol, quando a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou estar a investigar a empresa pública no âmbito do caso São Vicente.

Leonardo Kenenyata, porta-voz da organização da manifestação prevista par sábado, diz que pretendem chamar a atenção do Presidente sobre “a sua promessa eleitoral de criar 500 mil empregos”.

Noutra frente, arrancou hoje em Luanda a recolha de assinaturas a pedir um inquérito à Somangol, envolta em várias denúncias de corrupção, inclusive da propria antiga presidente, Isabel dos Santos.

“Esta empresa é o cancro da corrupção, por isso entendemos que é necessário exigirmos uma auditoria independente”, afirmou o porta-voz da organização Miguel Kimbenze.

Entretanto, em Luanda regista-se um aumento de críticas ao Presidente em vários círculos de opinião e nas redes sociais, nomeadamente contra o que muitos consideram de a “manipulação da impresa pública”.

Um dos exemplos apresentados é o silêncio em torno das denúncias de corrupção contra o seu chefe de Gabinete, Eldetrudes Costa, pela televisão portuguesa TVI.

Nem a Presidência nem Costa reagiram às denúncias até agora.