Lisboa – Artur Orlando Teixeira Queiroz, o veterano jornalista português que actualmente desempenha as funções de assessor da Fundação Agostinho Neto (FAAN) considerou que o processo contra o seu patrão Carlos Manuel de São Vicente, recentemente detido por corrupção, constitui uma tentativa de eliminação da família do primeiro Presidente de Angola.

Fonte: Club-k.net

Assessor português move campanha contra Angola; MPLA reage

O jornalista de 77 anos teceu estas considerações através de deselegantes  textos  partilhados nas redes sociais, em que ataca ferozmente o  Presidente da República, João Lourenço, o diretor da secreta angolana, Garcia Miala, e ao diretor do Departamento Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP), da Procuradoria-Geral da República, Wanderlei Bento Mateus.

 

No seu Respeitando ao Director do DNIAP, o jornalista português que se encontra em Angola a trabalhar como assessor da família Neto, na qual Carlos Manuel de São Vicente faz parte, acusa o procurador Wanderlei Bento Mateus de “ser o iniciador da eliminação efectiva de uma família angolana cujos membros apenas cometeram um crime: Terem laços com António Agostinho Neto”.

 

Segundo o assessor português “O Presidente João Lourenço resolveu piorar este mal e está por trás do início do extermínio da família de Agostinho Neto. O chefe vai ter menos trabalho, porque os familiares de Agostinho Neto são francamente menos. Mas começou em grande. O general Fernando Garcia Miala pegou na mão de Vanderlei, quando ele mandou o empresário e economista angolano para a prisão. Foi um despacho a duas mãos, a do polícia que manda em Angola e a do seu chefe. Vanderlei apenas teve no processo uns minutos de fama”.

 

Artur Queiroz compara a detenção do seu patrão São Vicente ao que aconteceu no seio da UNITA na década de 80, em que a família Chingunji foi eliminada. “O Presidente João Lourenço não precisa de sujar as mãos como o criminoso de guerra da Jamba. Tem um Estado a seus pés e usa-o como se fosse sua propriedade”, considerou.

 

“Os ataques a Agostinho Neto e sua família começaram através do Presidente João Lourenço e o seu ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz. Desde as últimas eleições que ambos estão apostados em destruir a imagem do Fundador da Nação e, por tabela, seus familiares”, escreveu o assessor português fazendo referencia ao episódio do 27 de Maio de 1977.

 

Voltando ao magistrado que ordenou a detenção de Carlos São Vicente, o seu assessor refere que “Hoje Vanderlei é uma estrela. Deu-se ao luxo de não dar conhecimento do seu despacho a Carlos São Vicente e aos seus advogados. Apenas entregou a ordem de prisão. Os fundamentos foram depois apresentados no noticiário da TPA, numa vergonhosa operação mediática que só lança no descrédito quem montou o circo. Grave, muito grave.”

 

Os textos de calunia e difamação do porta-voz da família, surgem num momento em que o Bureau Político do MPLA denunciou, neste sábado, as campanhas de intoxicação movidas contra as instituições do Estado angolano e o Presidente da República, João Lourenço.

 

Numa declaração sobre o 3º aniversário do mandato de João Lourenço, o MPLA repudia “veementemente todas as manobras de diversão” visando desacreditar as acções no âmbito do combate contra a corrupção, a impunidade e demais práticas nocivas que ameaçam “seriamente” os alicerces da sociedade angolana.

 

Nascido ao norte de Portugal, concretamente na região de Madalena, antiga freguesia da cidade e do concelho de Chaves, Artur Queiroz , é um jornalista que na década de 80, notabilizou-se por desenvolver uma das mais ferozes campanha de difamação contra o Estado angolano, a partir de Lisboa. Vinte anos depois, foi recrutado pela Presidência Angolana que o colocou no Jornal de Angola, onde passou produzir textos de ataque contra as autoridades do seu próprio país, Portugal.

 

Depois de alguns anos, entrou em contradição com o então DG do Jornal de Angola que pagava lhe a mensalidade de 11 mil dólares, passando a trabalhar. Ao deixar o Jornal de Angola, passou a trabalhar o antigo chefe Serviço de Inteligência e Segurança Militar (SISM), general António José Maria. Ambos tratam-se por compadres. Artur Queiroz esteve assessorar o antigo patrão da secreta militar na elaboração de um livro sobre a batalha do Cuito Cuanavale. Com a saída do poder do seu amigo, transferiu-se para Fundação Agostinho Neto.

 

Está em vias de lançar uma biografia de Maria Eugénia Neto, intitulada “memórias de Jenny: a noiva do vestido azul”.