Luanda - Angola criou 19 mil empregos no primeiro semestre de 2020, altura em que foram também registados 7 mil despedimentos e 14 mil suspensões de contratos de trabalho, anunciou hoje o Presidente da República angolano.

Fonte: Lusa

João Lourenço, que discursa hoje sobre o Estado da Nação na abertura do ano parlamentar, destacou que o mercado de trabalho "foi fortemente abalado" devido à pandemia de covid-19, não obstante 19 mil trabalhadores terem encontrado emprego no primeiro semestre através de centros de emprego ou no contacto com empresas.

Foram registados, no mesmo período, sete mil despedimentos e mais de 14 mil suspensões dos vínculos laborais em especial no setor dos serviços, comércio e indústria, educação e construção civil, acrescentou.

Segundo o chefe do executivo angolano, mais de 61 mil jovens foram capacitados no ano passado em escolas de formação profissional e, no primeiro semestre deste ano, estavam matriculados mais de 27 mil jovens nestas instituições.

As elevadas taxas de desemprego têm sido uma das principais fragilidades do Governo de João Lourenço e já levaram à rua centenas de jovens reivindicando o cumprimento das promessas eleitorais de criar 500 mil empregos.

A última marcha do desemprego, a quinta, aconteceu no dia 25 de setembro e juntou centenas de jovens manifestantes em Luanda.

O Presidente angolano destacou também os avanços do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) que contempla 1.749 projetos, dos quais 1.200 estão em construção 12 terminados e 537 processos em fase de tramitação, sendo a execução financeira superior a 67 mil milhões de kwanzas (89 milhões de euros).

Quanto ao programa de privatizações, adiantou que dos 195 ativos, 40 estão em fase de concurso público e 14 já foram privatizados, representando um encaixe de mais de 31 mil milhões de kwanzas (41 milhões de euros).