Luanda – De todos os membros do regime, que enfrentam problemas com a justiça angolana, o antigo ministro da comunicação social e actual deputado do MPLA, Manuel Antônio Rabelais, é até ao momento citado como o único a quem o Serviço de Recuperação de Ativos da Procuradoria-Geral da República (PGR), não só bloqueou as suas contas bancarias mas como também confiscou “milhões” que o mesmo detinha em bancos nacionais.

Fonte: Club-k.net

De acordo com conhecimento, Manuel Antônio Rabelais tinha contas em vários bancos angolanos que terão sido zeradas. Estima-se que terão lhe “confiscado” cerca de 100 milhões de dólares americanos.

 

Já no fim de maio, este ex-ministro de José Eduardo dos Santo tinha entregue empresas suas, por falta de fontes alternativas de financiamento. As empresas são: TV Palanca, Rádio Global e Agência de Produção de Programas de Aúdio e Visual que gravitavam a volta do grupo Interactive Empreendimentos Multimédia, Lda na qual é sócio com o antigo PCA da RNA, Henriques Santos.

 

Em finais de Agosto, Manuel Rabelais, que estava com termo de identidade e residência — no âmbito de um processo por alegados crimes de peculato, recebimento indevido de vantagens e branqueamento de capitais, enquanto diretor do GRECIMA (Gabinete de Revitalização da Comunicação Institucional e Marketing) — viu as suas medidas de coação serem levantadas pelo Supremo Tribunal de Angola.

 

Segundo apurou o Club-K, a PGR, está em vias de pedir a suspensão das imunidades parlamentares de todos os seus deputados que estão com processos judiciais pendentes.

 

De entre todos os dirigentes do MPLA que enfrentam as mãos da justiça, o ex- ministro dos transportes, Augusto da Silva Tomás é o único que esta a cumprir uma sentença de 14 anos, e também o único que não foi alvo de confisco do seu patrimônio. O Tribunal deu-lhe autorização para movimentar mensalmente 20 milhões de kwanzas para o sustento da sua família e das suas empresas.