Luanda – Cerca de 92% dos angolanos, usam Transportes Público Urbano-(TPU), e Transporte Público Colectivo Particular-(TPCP). Isto representa cerca de (27 milhões de habitantes), que todos os dias procuram por um sistema de transportes. Esta projecção indica que existe uma grande procura dos transportes urbanos e sub-urbanos para o transporte de pessoas e bens no país.

Fonte: Club-k.net
Engarrafamento.jpg - 117,19 kBPode que esta implicância represente o colapso dos sistemas de transportes actual. Mais este colapso não recai só ao Ministério dos Transportes, é por parte do Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território, especialmente do Instituto Nacional de Estradas de Angola e em particular das políticas públicas do Orçamento Geral do Estado ligado a urbanização das cidades e recuperação das zonas , ruas e troços destruídos e não alinhados, o Ministério dos Transportes, ponhe a disposição os meios a circular, e os das Obras Públicas organizam as vias, zonas e troços para facilitar a mobilidade. Durante muito tempo o INEA foi graciada no OGE com muitas verbas, e os distritos e bairros continuam esburacado e sem condições para por a circular os transportes públicos urbanos e sub-urbanos.

Contudo, só mais somenos (3 milhões de habitantes), usam viaturas próprias diariamente. Significa que quanto maior é a quantidade de pessoas que acedem ao (TPU), e (TPCP), maior deve ser a disponibilidade dos meios com regularidade, cabal deve ser a rede básica rodoviária urbana e sub-urbana de formas a garantir uma mobilidade eficiente, sempre quando as operadoras mantém organizada as operações e garantam a higiene e segurança nos seus serviços e activos, sabendo que os trabalhadores da empresa de transporte público, como a Tcul, devem ser cordiais, e respeitar a hierarquia e as ordens demandadas pelos os responsáveis da administração da mesma, de forma contraria a maquina não anda, e a posição dos responsáveis quiçá deve ser educacional o radical e mudar a cultura organizacional, porque o país é muito mais importante do que o comportamento grupal.

Devemos estar sempre preparados para recebermos as mudanças que a vida nos apresenta, porque elas são as únicas coisas que não se esperam. E Nelson Mandela disse, as “mentes que procuram vingança destroem os Estados, enquanto as que procuram a reconciliação constroem nações”!

Contextualização

O primeiro autocarro a vapor no mundo surgi entre (1826 em França e 1831 em Inglaterra) transportavam entre (6 a 15) passageiros, e em (1985 na Alemanha) surgia o autocarro com motor a gasolina Benz, com capacidade de (8) passageiros e (2) motoristas. Passando quase 30 anos, dormimos e acordamos, vamos trabalhar todos os dias mais ainda temos uma mobilidade urbana e sub-urbana difícil. O que andamos a fazer?

Não confundamos o aparecimento do autocarro, com a invenção das rodas no ano (3.500 A.C.) em Mesopotâmia, com a chegada do carro na Europa no (quarto milênio A.C.), com a descoberta do ferro carril em (1825) citado por (George Stephenson), com o surgimento do automóvel nos afinas do (século XVIII), e com a parição do primeiro veículo a motor a gasolina (Karl Benz,1885), (Gottlieb Daimler em 1886) ou a descoberta do (Ford T em 1908). De que tipo de transporte analisa o artigo? Estamos a falar do autocarro como unidade utilizada para uso de transporte publico urbano (TPU) e dos taxis (TPCP) de modo geral.

Atendendo a especificidade do objecto em causa e ao regime jurídico, os transportes rodoviários distinguirem-se em: ordinários e específicos, e a metodologia (TPU-F/D) oferece varias soluções para as duas especificidades. Para melhor entendimento vamos conceptualizar os (TPUs), ordinários e específicos.

Os transportes ordinários são:
1. Transporte Público Regular
2. Transporte Púbico Turístico, e
3. Transportes Público Discricional.

O transporte público urbano é um tipo de transporte ordinário regular, onde segundo a duração podem ser permanente ou temporais, onde encontramos os de uso geral e os de uso especial.

Os permanentes de uso geral são:
(1) Metros;
(2) Comboios e
(3) Autocarros.

Os permanentes de uso especial são:
(4) Transportes escolares e
(5) Transporte de trabalhadores.

Já nos temporais de uso geral encontramos transportes de substituição e transportes de férias ou acampamentos. Os temporais de uso especial temos transporte de apoio permanente e de substituição, todos eles ligados aos transportes de Passageiros.
A problemática em abordagem esta ligada ao transporte ordinário regular permanente de uso geral onde encontramos o transporte público urbano, (TPU) e sub — Urbanos.

Diagnostico

Segundo pesquisas e investigações realizadas pelo autor do artigo, a problemática da mobilidade é visível, o que se deve buscar, são as possíveis soluções, e é de fácil solução o problema do Sistema de Transportes Público Urbano em Angola. A solução tem como base aplicação da metodologia da organização dos sistemas de transporte público, (TPU-F/D) De Fora Para Dentro e do cumprimento rigoroso da lei e normas do sector, passando pela educação do cidadão.

Uma vez optada a metodologia (TPU-F/D), é fundamental haver especialistas em transportes terrestres e logística em todas suas demissões. Sem recursos humanos aprazível não se faz um país. Como disse o senhor Jean-Christopnhe Carret, Director do Banco Mundial (BM) para Angola, RDC e Burundi, “investimento só com factor Humano”.

Angola actualmente já forma quadros qualificados nas áreas dos transportes e logística, no Instituto de Logística & Transportes. O país também recebeu muitos especialistas formados no exterior nestas áreas em países como Rússia, Alemanha, Espanha, Portugal e Brasil, Etc. Alguns encontram-se desempregados, o INAGBE conhece-os e sabe onde encontrar estes quadros nacionais.

Enfoque

Em conjunto com os profissionais das Obras Públicas e Ordenamento do Território e do Ambiente, formar-se iam grupos de trabalhos ao nível de cada Distrito. Porque a solução dos sistemas (TPUs), não podem ter um enfoque global, mais sim comunais, distrital ou municipal, por três grandes razões fundamentais, é lá onde encontramos as pessoas, os produtos, e os serviços, sempre a visão da mobilidade deve ser global com enfoque local, com base em deslocamento entre, as zonas rurais para as urbes, e das urbes para as zonas rurais, sabendo que as redes básicas rodoviárias e viárias estão conectadas com as redes principais ou estatais.

Possíveis Soluções

Para melhorarmos a mobilidade urbana e sub-urbana em Angola é muito fácil, a controvérsia seria jurídica. O ponto de partida é a preparação da rede básica de transporte urbano em forma de radiais e nodos de transportes e logística modais, feito com base ao modelo representativo da rede básica do sistema viário de transportes colectivos, esta permitiria analisar o comportamento do tráfego nas diversas ruas e trechos das principais cidades e comunas do país.

Como devemos chegar até aí? Como vimos anteriormente, elaborando a metodologia (MTPU-F/D) Modelo de Transporte Público Urbano de fora para dentro da rede básica viária das principais cidades e Distritos Urbanos e sub-Urbanos. Como?

1º-Deve-se realizar um diagnóstico profundo dos possíveis empecilhos de mobilidade de cada distrito como base na Investigação Aplicável através de “chuvas de ideais” eliminando as supérfluas e validando as aplicáveis segundo a configuração urbanística de cada município ou aldeia. Hill (2005), diz que existem três categorias de investigações que são Investigação Pura, Investigação Aplicada e Investigação Aplicável.

A Investigação Aplicável tem como objectivo descobrir factos novos capazes de resolver problemas a curto prazo. Esta seria a filosofia certa de levantamento real dos possíveis problemas, um dos quais as construções anárquicas nas urbes recentes e antigas. Contudo, os grupos de trabalho ou pesquisadores devem, centrarem-se neste método.

2º Criação do Modelo Original de Sistema de Transporte do Distrito com a metodologia (MTPU-D/F). Fazem parte desta metodologia as técnicas de organização e levantamento de dados dos transportes os seguintes plantiamentos:


a) Analise e organização das vias de acesso das áreas rurais e urbanas, que utiliza duas categorias de rede. Rede viária, constituída pelas rodovias, ferrovias, linhas de transporte fluvial, marítimo, e linhas de transporte aéreo.
Rede rodoviária: constituída pelo sistema de vias que compõem a malha rodoviária do Estado das áreas urbanas e rede de transportes colectivos, constituída pelas linhas de metro, linhas ferroviárias, linhas de autocarros, linhas de transporte fluvial, marítimo, e linhas de transporte aéreo, que operam em rotas fixas que sejam fluviais, marítimas, ruas, vias, nodos, vias expresso, avenidas, vias de serviços, rotundas, entradas e saídas, curvas, becos, etc. Sejam elas terras batidas ou asfaltos.

Exemplo Cassenda/Martes, Nova vida/Kilamba, ou ainda a urbanização feita no Talajade. Ect. Denomina-se nó ou nodos um ponto comum onde encontramos (duas) ou mais ligações. Segundo o observado no manual de gestão de tráfego apresentado em 2016 em Rio de Janeiro pelo Instituto de Pesquisa Rodoviárias;

b) Criação de radiais capilares de transportes a última milha com nodos inter e mult modais. Exemplos: Radial Cassenda/Martires, passando por primeiro de maio,sagrada família, Maianga, Hospital Maria Pia, Prenda, Aeroporto Martes, Cassenda. Ou ainda radiais como Casquel/Cassequel, Maianga/Maianga, Samba/Samba, Capalanca/Caplanca, Viana/Viana.Etc. Sempre as rotas do autocarro deve ser radial e internas, passando por cada rua do distrito ou bairros , segundo a rede básica viária local desenhada;

c) Desenho dos itinerários do distrito segundo o nível social, económico e origem destino;


d) Criação de um Consórcio de Transporte da (Cidade) ou Distrito adoptando a responsabilidade do sistema de transporte a uma empresa localizada dentro do distrito, para facilitar a gestão operacional das linhas geridas pela mesma empresa a nível local.


Feito o levantamento e desenhada a rede básica urbana e sub-urbana leva-se a implementação, e a mobilidade flui sem qualquer constrangimento.

Accesiblidade

(João Sá Madeira e Luís Ferreira Borges) dizem que uma má decisão tomada em qualquer actividade pode levar ao aumento dos custos e à diminuição da qualidade do serviço prestado ao cliente.

Os transportes públicos não são um sistema de transporte só para pobres, os homens de fatos, e as senhoras de trajes também podem andar de transporte publico sem nenhum problema, como vimos na Europa,nas América ou em outros lugares do mundo organizado.

Os autocarros em outras geografias são transportes para todas as classes sociais. Contudo, os serviços prestados devem estar ao nível de todos e acessível para todos ate mesmo os mais altos mandatários devem andar de autocarro e sentirem-se orgulhosos do sistema de transporte dos seus países, como vimos, em 1928 neguem andava de Lexus, o uso de transportes Público é uma forma de desafogar o meio-ambiente da contaminação atmosférica.

Exemplo. O ex- governador do Uíge, Sérgio Luther Rescova, fez questão em andar de táxis colectivos e de autocarro, e o fez sem constrangimento, porque não podemos ter um autocarro para a Assembleia Nacional? Onde todos os dias de manhã os nossos deputados, encontrariam-se uns com os outros e pudessem dialogar com alegria, afinal estamos todos a lutar em construir uma Nação Angolana prosperá para as gerações vindouras.

Instalações

Todos os países organizados com um sistema de transporte eficiente, tem infra-estruturas de transporte e logística disponíveis que facilitam a conservação dos meios, as (mesma) devem estar em perfeitas condições técnicas e tecnológicas para facilitar a segurança técnica e pessoal, deve-se acondicionar o estacionamento e estação de serviço dos mesmos autocarros, normalmente os veículos que realizam estes serviços tem uma durabilidade de 5 anos como máximo, as condições técnicas dos mesmos condicionam a qualidade dos serviços prestados e facilita uma boa gestão do tráfego.

Conclusão

Chegando até aqui. A vida dos munícipes estaria resolvida na visão da mobilidade urbana e sub-urbana, neste exacto momento todas as cidades do país necessitam de nodais de transporte capilar a última milha e de uma rede básica urbana e sub-urbana, e isso quem faz não é Ministério dos Transportes nem operadoras terrestres, mais sim os de ordenamento de território. Dizer que actual adminstração dos transportes em angola tem feito melhorias, com a disponiblidade de meios novos para todas as cidades do país, mais se todos tivessem vontade de fazer bem as coisas e ajudar alguns do executivo, em menos de 1 ano a mobilidade nacional na visão local estaria resolvida. O melhor que se pode fazer em relação a este assunto é não fazer nada,deixar como as coisas estão.

Reflexões

Ora vejamos, será que a retirada da subvenção no combustível, não implicaria o encarecimento do preço do (TPU)? Se o preço subir em relação ao índice de Passageiros por Quilómetro recorrido (IPK), a demanda baixa, e as operadoras poderiam perder a capacidade financeira, isso pode levar ao desemprego mais pessoas.

Portanto, será necessário manter o preço do bilhete de viajem do (TPU), e do (TPCP), caso venha acontecer buscar-se-ia subvenções em fontes externas, criando assim um imposto de subvenção de transportes público que as empresas com mais de 10 trabalhadores sejam elas publicas ou privadas devem pagar para contribuir, na estandaridização do preço dos transportes, as mesmas recadações possibilitariam ainda a compra de mais veículos para garantir a continuidade dos serviços, esta realidade é aplicada também em França o chamado (Taux du Versement Transport (TVT).