Luanda – Um grupo de 250 ex-militares seleccionados de diversas regiões militares, no país, das Forças Armadas Angolanas (FAA), apontam críticas, de forma desesperada, à actual ministra da Cultura, Turismo e Ambiente, Adjany Costa, pela morosidade no processo de enquadramento destes antigos guerrilheiros ao ministério sob sua tutela para servirem os parques de reservas naturais, conforme o Decreto Presidencial n°. 148/20 de 30 Setembro, que autoriza o ingresso imediato.

Fonte: Club-k.net
AdjanyCosta-.jpg - 46,50 kBApurou a investigação Club-K Angola, junto de muitos que escalaram Luanda, desde Janeiro último, para os devidos procedimentos que se impõem à transição.

De acordo com as fontes, são no total 250 ex-militares provenientes de diversas províncias do país, que desde o dia 17 de Janeiro último, enfrentam inúmeras dificuldades para sobreviverem onde foram alojados, no Centro de Selecção e Classificação de Luanda (CSCL), situado no Campo Militar do Grafanil, despachados por ordem do Ministério da Defesa, através das suas regiões militares, para o processo de transição que até à presente data nada foi efectivado ao respeito do “Decreto Presidencial”, por eles citado.

“Apercebemo-nos que existe um Decreto Presidencial n° 148/20, de 30 Setembro, que autoriza o nosso ingresso imediato neste ministério. Durante esse tempo sem auferir salários, estamos a passar dificuldades enormes. Deixamos famílias em condições precárias nas províncias porque vivem em casas de renda. Por que até agora não somos enquadrados?”, lamentou questionando, um antigo oficial do exército.

As revelações dos antigos guerrilheiros apontam que não têm apoio condigno do Ministério dirigido pela ministra Adjany Costa, que os pretende enquadrar, nem assistência alimentar do centro em que se encontram aquartelado há cerca de nove meses.

Porém, no entender deste grupo, não encontram justificação para até agora não merecerem enquadramento para os cargos e funções seleccionados, uma vez terem sido aptos nos mais variados testes, desde psicotécnicos, físicos e médicos, para o ingresso, aos quais terão sido submetidos nos dias 15 e 16 de Junho último.

“O único apoio que temos tido do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente é de abastecimento de água que muitas das vezes também falha, mas o homem não sobrevive somente de água. No dia 29 de Agosto dividiu-se o grupo em dois, na qual 130 foram transportados para a Tubia (Cabo Ledo) para formação num prazo de 15 dias. Os 120 restantes que seguiriam depois não aconteceu dentro dos parametros dos 45 dias, como tinha garantido a comissão encarregue”, disse um dos antigos homem do gatilho preferindo anonimato, à semelhança de todos integrantes.

De acordo com uma fonte do Ministério do Ambiente, para este caso, em específico, tendo em conta os objectivos que se pretende com os ex-militares nos parques de reservas nacional, foi constituído uma comissão chefiada por Aristófanes Pontes, ex-director do Instituto Nacional de Biodiversidade e Áreas de Conservação (INBAC), coadjovado por Paulo Camosso, director dos parques nacionais e pela directora dos recursos humanos do INBAC.