Soyo - Manchas negras foram verificadas a 35 quilómetros a Sul da cidade do Soyo, concretamente nas praias do Tombe, Impanga, Kifuma e Campo 8, na sequência do incidente ocorrido no dia 22 de Outubro no Bloco 32, nos mares da província do Zaire, que resultou no derramamento de 35 metros cúbicos de petróleo bruto.

Fonte: JA
Total.jpg - 25,53 kBA empresa operadora do Bloco 32, Total E&P Angola, confirmou ontem, através de uma nota de imprensa, a presença de vestígios de derrame nas praias do município do Soyo, onde uma equipa multissectorial, constituída por mais de 100 pessoas, trabalha na mitigação do impacto.

"A Total E&P Angola Block 32 SAS, operadora do Bloco 32, informa que, no seguimento do incidente no Bloco 32, ocorrido no dia 22 de Outubro, vestígios do derrame foram verificados hoje (30/10/2020) na costa da província do Zaire, a 35 quilómetros a Sul da cidade do Soyo, onde se iniciaram já operações de mitigação”, refere a nota da Total.

De acordo com a nota, mais de uma centena de homens e equipamentos estão destacados numa zona costeira circunscrita ao município do Soyo para trabalhos de constatação e limpeza, no sentido de minimizar o impacto ambiental.
"As equipas de intervenção, que trabalham numa zona costeira circunscrita ao município do Soyo, são compostas por mais de cem pessoas entre engenheiros, técnicos ambientais e operacionais, com experiência neste tipo de operações, apoiados por vários meios técnicos e equipamentos”, acrescenta a nota.

A evolução da situação, segundo a nota da Total E&P Angola, continua a ser monitorada de perto pela operadora e pelas autoridades de tutela e locais, contando ainda com o apoio de outros operadores petrolíferos, prestadores e igualmente com a participação das comunidades da região.

No concernente a eventuais impactos negativos na vida das comunidades costeiras, a Total E&P Angola leva a cabo diálogo permanente para se apurar toda consequência do derrame.

"A operadora mantém um diálogo no terreno com as comunidades costeiras no sentido de apurar eventuais impactos causados por este incidente, e reitera o seu compromisso com o respeito pelo próximo e pelo meio ambiente em todas as suas actividades”, refere a nota.

Salienta-se que uma ruptura do flexível entre o navio-plataforma (FPSO) Kaombo Norte e o petroleiro registada durante uma operação de carregamento de petróleo no Bloco 32 originou o derramamento de 35 metros cúbicos de óleo bruto ao mar.

Actividade pesqueira

Na sequência do derrame, um grupo de pescadores das localidades do Tombe, Impanga e Kifuma confirmou ao Jornal de Angola que a actividade está temporariamente comprometida, na medida em que uma boa parte das redes que haviam sido lançadas antes das manchas atingirem aquela costa foi afectada.

Um dos representantes das autoridades tradicionais, identificado por Sebastião Kilombo Nsuka, confirmou ao Jornal de Angola que as manchas afectaram redes dos pescadores da região, cujo prejuízo não se resume apenas na actividade pesqueira, mas também na vida do consumidor.