Luanda - Em comunicado enviado hoje para o club-k, o Conselho Permanente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, fez saber que o padre Raul Tati "Não foi posto à rua como se deu a entender, escamoteando a verdade". No referido comunicado a "CEAST" alertou aos operadores dos meios de comunicação social que "se evite a tentação e o perigo de usar esta grande potencialidade para obstruir a verdade e prejudicar o bem integral das pessoas". Confira em anexo o comunicado integral:


Fonte: Club-k

 

COMUNICADO

 

CONFERÊNCIA EPISCOPAL DE ANGOLA E SÃO TOMÉ

 
«A verdade libertar-vos-á» (Jo 8, 32)

O Conselho Permanente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, reunido no dia 26 de Janeiro de 2010 na sua 1ª reunião ordinária;

 

Tendo acompanhado com muita atenção e preocupação os acontecimentos que se vivem na Igreja Diocesana de Cabinda; escutado e apurado a veracidade dos factos sobre o caso da “suspensão do Reverendo Pe. Raul Tati”, vem por este meio repor a verdade:

                                 

1º) A solicitação do “abandono do sacerdócio” foi feita pelo próprio sacerdote, primeiro numa carta dirigida ao Cardeal Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos no dia 10 de Março de 2008; a seguir na carta de 08 de Novembro de 2009, dirigida ao Bispo da Diocese, citamos palavras textuais: «aproveitaria (…) o ensejo para encorajar Vossa Excelência Reverendíssima a avançar com os procedimentos da praxe canónica segundo a minha intenção já manifestada anteriormente».

 

2º) Depois de um diálogo paciente e ante a persistência do sacerdote na sua decisão, o Bispo da Diocese, para o bem da Igreja a ele confiado, exarou o decreto de suspensão dado a conhecer ao interessado, enquanto se aguarda pelo respectivo rescrito da Santa Sé para a redução ao Estado Laical. Não foi posto à rua como se deu a entender, escamoteando a verdade, foi lhe dado tempo necessário para deixar a residência canónica.

 

3º) Por outros motivos, esperamos que sejam revelados oportunamente, o Pe. Raul Tati foi detido pela Polícia Nacional e não foi a mando do Bispo da Diocese, como muitos meios e círculos estão a propagandear. Por solidariedade o Bispo, assim que recebeu a notícia foi, foi visitá-lo, manifestando o seu carinho de Pai e Pastor.

 

4º) O Conselho Permanente lamentar e deplora a forma distorcida como imprensa tem tratado este caso.

 

Queremos recordar, a todos e de modo particular, os operadores dos meios de comunicação social que, na transmissão das notícias, se evite a tentação e o perigo de usar esta grande potencialidade para obstruir a verdade e prejudicar o bem integral das pessoas. Acima de tudo comunicar a verdade e sempre a verdade na caridade para se edificar e construir quer o tecido moral humano como aquele social.

                                                          

Feito em Luanda, 26 de Janeiro de 2010

 

O CONSELHO PERMANENTE DA CEAST