Whindoek - As estimativas baseadas na linha do procedimento de cálculos do Presidente José Eduardo dos Santos indicam que no seguimento da prevista remodelação governamental poderá apostar em Antonio Paulo Kassoma como seu vice Presidente. A segunda figura do Estado, a luz da nova constituição, é na prática, um coadjutor do Presidente, com funções que não diferem a do Primeiro Ministro. (Kassoma a quando a sua tomada de posse disse ser um “coadjutor”.)
Fonte: Club-k.net/Angolense
O que sobressai nas análises de situação é que ao apontar o seu vice Presidente, o estadista angolano estará igualmente a indicar a pessoa que tem como preferência para a sucessão presidencial. Na realidade, não se esta diante do “processo de sucessão presidencial” nem há indicadores de que deseja faze-lo antes das eleições.
Com aprovação da nova lei constitucional o provável mandato do PR, começa depois de 2012, altura em que deverá concorrer as eleições, ganha-la, e tomar posse conforme estipulado. A partir da data em referencia, José Eduardo dos Santos terá, por lei, direito a cumprir dois mandatos que corresponderão a 8 anos seguidos. Logo, não se vê pressa.
É nesta análise que se presume que o PR tenha em mente, em reiterar a confiar a Paulo Kassoma como seu “coadjutor” embora com outra designação no lugar da palavra “Primeiro Ministro”. O que leva a reforçar que seja este o pensamento de JES é que caso estivesse diante da seleção do seu sucessor, o PR, não o exporia neste “mandato propedêutico” ou seja no presente consulado governamental. Não o faria por questão de gestão de imagem e outros factores. O que se passou com o Presidente Ahmed Hassan al-Bakr é um registro da historia que mostra que apontar prematuramente o seu sucessor é a rota desaconselhável.
Portanto, a figura que certamente corresponderá ao sucessor de JES será a que ele for a indicar como seu Vice-Presidente, em 2016, altura em que seguirá ou cumprirá o segundo mandado na presidência da Republica. A esta altura, teremos resposta para fechar o tema da sucessão.
Quanto a linha de sucessão há quem coloque o nome do presidente da Assembléia Nacional, Fernando Dias dos Santos, por ser o que melhor se posiciona na hierarquia do Estado ou por ser uma das figuras que aparenta ter perfil para herdar o poder de autoridade que JES tem junto aos “falcões”. As análises indicam que, por enquanto, é menos útil na vice presidência do que na presidência do parlamento.
Outro nome apresentado pela imprensa em Angola é o de Manuel Vicente Presidente da Sonangol. O mais novo sustento das opiniões é o indicador “entrada ao Bureau Político”. Não obstante a confiança depositada nele não há indicadores consistentes de que seja a aposta de JES. Embora esteja nos órgãos do partido, não denota ser uma figura “partidarizada” ao que muito influencia internamente no aparelho partidário.
A figura de “Zenu” dos Santos é também especulada por força de antecedentes em África. Zenu é uma aposta arriscada para o próprio mas que ganharia sustento caso o seu pai permanecesse na retaguarda (entenda-se; liderança do partido). Pelo menos não seria objectado abertamente pelo MPLA (os militantes do partido já deram provas que não se opõem a escolha do PR). Zenu não é do Bureau Político ou Comitê Central. A lei constituição não determina que o Presidente ou o seu sucessor tenha que sair de algum órgão do partido. Terá apenas que fazer parte da lista de Deputados. Outro caminho, caso venha a ser o desejo do PR, seria um acordo com um outro “sucessor” no sentido de este indicar mais tarde o seu filho. Este tipo de sucessão aposta-se quando o líder perde confiança das pessoas ao seu redor. O “caso Hussein Kamel” no Iraque é uma amostra de como os lideres, em consulados longos passam a ter unicamente confiança no “seu próprio sangue”.
Por outro lado, há ventilação que correm, em meios de “intelligence”. Há neste circulo quem avente que na linha de sucessão, esteja o nome do General Pedro Sebastião. Descrevem, o seu perfil numa linhagem pertinente ao pensamento de José Eduardo dos Santos. Como diz alguém compreendido na matéria, o sucessor de JES é aquele quem menos se pensa.