Lisboa – O ministério das finanças convocou na passada segunda-feira (14), uma reunião de caráter “preocupante” que visou analisar denuncias segundo as quais um alto funcionário, teria facilitado pagamentos de dividas a uma construtora portuguesa em troca de contrapartidas.

Fonte: Club-k.net

Dossier da Divida Pública

O mesmo foi colega de universidade da ministra das finanças Vera Daves Sousa na Universidade Católica de Angola e ambos trabalharam juntos na Comissão de Mercados e Capitais. Ao transferir-se para o  ministério, passou a coordenar o Grupo Técnico de Apoio ao Credor do Estado. Foi-lhe também transferido competências sobre pagamentos da divida pública.

 

De acordo com informações plausíveis, o ministério das finanças teria, a dado momento, um “plafont” limitado para pagamento de dividas a empresas que prestaram serviços ao Estado, sendo que foi notado que  denotava inclinação em priorizar a construtora portuguesa “Casais”. Paralelamente, surgiram relatos conotando  a um “grupo interno” que cobrava 30% do valor das dividas as empresas, em troca de aceleração dos pagamentos.

 

A reunião de segunda-feira, procurou entender se havia alguma ligação directa entre ele  e a rede de cobrança de 30%. A necessidade de se tirar o assunto a limpo, foi antecedida de alertas segundo as quais este alto funcionário estaria a manifestar sinais de posse que contrariam ao seu ordenado mensal. São-lhe atribuídos a compra a pronto pagamento de um apartamento no condomínio “Rosalinda” e um outro na “Marginal”, gerando desconfianças de que poderiam ter beneficiado de contrapartida da construtora Casais que ele havia “ajudado” a receber divida do Estado.


No inicio deste ano alguns governos províncias reclamaram que  estaria propositadamente a atrasar ao pagamento de dividas quando estas já estavam validadas pelas delegações provinciais das finanças ou pelo Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística (GEPE) dos governos provinciais.


“Há empresas que têm as suas dividas reconhecidas desde 2018 e 2019 mas até agora nunca foram chamadas para assinarem o acordo de regularização das dividas”, explicou uma fonte ocorrente do assunto, acrescentando que “por outro lado os governos provinciais mandam varias remessas de dividas confirmadas por estas instituições mas os responsáveis da coordenação da divida no ministério das finanças não validam estas dividas, criando varias dificuldades as empresas”.