Lisboa – O Presidente do Grupo Gema, José Leitão da Costa e Silva convocou, nesta sexta-feira última em Luanda, todos os acionistas da sociedade para uma Assembleia Geral Extraordinária que teve como ponto principal a dissolução deste grupo empresarial angolano.

Fonte: Club-k.net

Fez igualmente parte dos pontos em discussão, a aprovação das constas e do balanço do exercício final, reportados á data da dissolução, tal como também a designação de depositários dos livros, documentos e demais elementos de escrituração da sociedade.

 

Para além de José Leitão, o Grupo Gema tem como acionistas, António Pitra Neto, ex-ministro da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Carlos Feijó, ex-secretário do Conselho de Ministros à data da fundação do grupo; António Gomes Furtado ex- governador do Banco Nacional de Angola (BNA), e Joaquim Carlos dos Reis Júnior, que já exerceu as funções de secretário do Conselho de Ministros e deputado do MPLA. Um outro elemento Pedro Januário Macamba, que aparecia nos registos como detentor de participações, é citado como antigo “testa-de-ferro” de José Leitão.

 

Em Agosto de 2018, o presidente do conselho de administração do grupo, José Leitão, revelou em exclusivo ao Jornal angolano “VALOR” que o grupo encontrava-se numa “situação de quase falência técnica, devido à situação económica e financeira que persiste no país”.

 

O Grupo Gema, Sociedade de Gestão e Participações Financeiras, encontra-se actualmente numa “situação de quase falência técnica, devido à situação económica e financeira que persiste no país”.


Para ilustrar o momento difícil com que se defronta a empresa, José Leitão revelou que o grupo Gema arrasta uma dívida avaliada em 30 milhões de dólares para com a sociedade que detém o empreendimento ‘Comandante Gika’, em Luanda, situação resultante da falta de reforços de capital dos accionistas do grupo.

 

Avaliado em 470 milhões de dólares, e ocupando uma área de 307 mil metros quadrados, o empreendimento ‘Gika’ é dos maiores investimentos sob a gestão do grupo na área do imobiliário que, no entanto, continua por se concluir, embora a projecção inicial para a sua conclusão fosse de apenas dois anos.